Aneel permite cobertura de risco hidrológico com crédito

As distribuidoras poderão usar recursos do empréstimo de R$ 17,8 bilhões para cobrir uma despesa de R$ 1,8 bilhão que teriam que bancar com caixa próprio. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acatou o pedido da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e permitiu que o dinheiro seja usado para cobrir o risco hidrológico.

O risco hidrológico é um problema que ocorre em momentos de seca, como o atual. Quando isso acontece, as usinas hidrelétricas não conseguem produzir toda a energia que costumam gerar. A energia que falta tem que ser comprada no mercado de curto prazo. Essa despesa é dividida entre geradores e distribuidores e, depois, é repassada à conta de luz paga pelos consumidores.

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A diretoria da Aneel concordou com os argumentos da Procuradoria do órgão regulador e avaliou que, sob a ótica das distribuidoras, esse custo pode ser considerado uma exposição involuntária. Como o decreto presidencial que estabeleceu as condições de ajuda às distribuidoras cobre a exposição involuntária, os recursos do empréstimo poderão ser usados se houver uma sobra.

De acordo com a Abradee, a estimativa é que o custo do risco hidrológico atinja R$ 1,8 bilhão entre julho e dezembro. O custo no primeiro semestre, segundo ele, foi bem menor. Por isso, não será coberto pelo empréstimo, mas será repassado às tarifas em 2015. Já o dinheiro do financiamento será repassado à conta de luz nos próximos dois anos.
Bandeira tarifária.

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