Santo André tem festival de cultura japonesa

Promovida pela Sociedade Cultural ABC Bunka Kyokai de Santo André, o festival conta com o trabalho voluntário de 40 voluntários.

Começou neste sábado (19) a décima edição do Festival Tanabata Matsuri, na vila Assunção, em Santo André. A festa, que vai até amanhã (20), é uma viagem à cultura oriental. Comidas típicas, aikidô (arte marcial que visa harmonia do espírito), taikô (batidas de tambor) , oficinas de origami e mangá, ikebana/bonsai, cerimônia do chá, odori (dança folclórica), karaokê, dança dos dragões, shamisen (um instrumento de três cordas), tanzaku e até curso japonês. Um dos destaques é a apresentação da cantora japonesa Mariko Nakahira.

Promovida pela Sociedade Cultural ABC Bunka Kyokai de Santo André, que comemora o sexagenário, o festival conta com o trabalho voluntário de aproximadamente 40 voluntários, a maior parte mulheres acima dos 60 anos, que produzem os alimentos e os enfeites. “A gente tem notado que os jovens descendentes têm se afastado da nossa cultura, por isso o empenho é para fazermos a Tanabata cada vez mais atrativa e fiel aos nossos costumes”, diz José Heiji Fukuda, presidente da Sociedade, que calcula haver mais de 400 famílias de descendentes do Japão somente em Santo André.

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Conhecido como Festival das Estrelas, festa celebrada no Japão há mais de um milênio e no Brasil há cerca de 30 anos. A Tanabata Matsuri relembra a lenda da princesa Orihime e seu amado, o pastor Kengyu. O casal foi destinado a se encontrar apenas uma vez por ano, no 7º dia do 7º mês. Foi assim que surgiu a lenda, que neste dia (Tanabata), as pessoas fazem pedidos e desejos no Tanzaku (papeletas coloridas, cada cor com um significado) que depois de preenchidas, são penduradas no Sasa Dake (ramos de bambus enfeitados). No domingo, ao final da festa, os folhetos são queimados e a fumaça lançada aos céus, onde Orihime e Kengyu realizarão os pedidos feitos pelos visitantes.

As cores dos Tankaku são verde (esperança), rosa (amor), azul (saúde), vermelho (paixão), braco (paz) e amarelo (dinheiro). Barracas de alimentos típicos estarão distribuída ao longo da rua Santo André, como sushi, temaki, yakisoba e doces, além de muito artesanato.

Outro interessante atrativo é a cerimônia do chá, em que o visitante participa e conhece o significado da milenar prática oriental. O ambiente é decorado apenas por uma flor e uma placa escrito perfeição, em japonês. Na atração, o silêncio e a paz são essenciais e todas as mulheres que servem o chá estão trajadas a caráter.

Na rua, enormes enfeites suspensos de papel colorido, que simbolizam as estrelas do Tanabata, “brincam com o vento” e imitam caudas de cometas cruzando o sétimo dia do mês do sétimo ano, como reza a lenda. Para a comunidade nipônica, a sensação é de estar num pedaço do Japão. Com entrada franca, a festa segue neste sábado (19) até as 20h e no domingo vai das 10h às 18h. Todas as atividades acontecem no começo da rua Santo André, perto da Igreja Matriz.

(Colaborou Victoria Lechado)

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