Quando a mulher decide pausar a menstruação

Foto: Reprodução

 Cólica, enxaqueca, náuseas e irritação. Esses são apenas alguns sintomas da TPM, ou Tensão Pré Menstrual, que apesar de incomodar, já fazem parte da rotina de muitas mulheres. Segundo a ginecologista do Hospital Santa Helena, Juliana Lopes, o número de mulheres que sofrem com os sintomas da TPM vem diminuindo consideravelmente devido aos métodos de anticoncepção que mantém os hormônios relacionados à menstruação em nível linear, sem quedas bruscas. Ou seja, a mulher não menstrua enquanto utiliza algum destes métodos.

Entre eles está a pílula de uso contínuo, que mesmo gerando dúvidas nas pacientes, vem ganhando espaço “A mulher moderna, muitas vezes, não pode ter dias ruins e repletos de sintomas como enxaqueca e cólica intensas” explica Juliana. As pílulas não são exatamente novas, mas pouco difundidas. Também não eliminam de vez os sintomas, mas eles diminuem perceptivelmente e em alguns casos podem sumir.

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Conforme a especialista, as principais dúvidas das pacientes giram em torno da fertilidade “Muitas temem ter problemas para engravidar posteriormente ou acham que o útero ficará sujo, acumulando substâncias da menstruação”. Juliana esclarece que a fertilidade volta ao normal no dia seguinte ao que o tratamento é interrompido, a não ser que ela tenha apresentado outro problema de regularidade menstrual anteriormente. Quando ao acúmulo de substâncias no útero, a médica explica que não acontece. Também não é necessário pausar o tratamento de tempos em tempos, ele pode ser contínuo pelo tempo que a paciente desejar.

O organismo necessita de aproximadamente três meses para estabilizar, antes disso, podem ocorrer sangramentos de escape, ou spottings – pequenos vazamentos de sangue escuro, durante no máximo dois dias cada. Juliana ainda explica que “Os riscos que a pílula continua pode oferecer são os mesmo que os da pílula convencional: tromboses, doença hepática aguda e doenças de pressão alta são exemplos”. Portanto a contraindicação é para pacientes que não podem fazer tratamento com hormônio, por isso é indispensável, antes de iniciar ou mudar o método, consultar o ginecologista sobre pílula ideal para o método e para a paciente.

“A decisão de aderir ao método é exclusivamente da paciente”, comenta a ginecologista, porém em alguns casos, as pílulas contínuas são tratamento para doenças como miomas e endometriose. Outros métodos que pausam a menstruação são implante intradérmico, adesivo, DIU e alguns injetáveis. (Colaborou Nathália Blanco)

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