ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

PPS de São Bernardo é contra aumento do número de vereadores

O PPS de São Bernardo foi o primeiro partido a se posicionar publicamente contra o aumento do número de vereadores. Pela emenda constitucional aprovada no Congresso em 2009, o Legislativo local pode, a partir da próxima legislatura, abrigar até 29 parlamentares. Atualmente são 21.

A deliberação foi externada na noite desta segunda-feira (08/08) durante reunião da executiva municipal popular-socialista. Foi o primeiro encontro sem a presença de Otávio Manente – que morreu em abril – e o primeiro trabalho interno sob o comando interino do deputado estadual Alex Manente.

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“Vamos mobilizar a sociedade e pressionar as demais bancadas a adotarem o mesmo posicionamento”, ponderou o deputado. O principal argumento é a redução de custos aos cofres públicos. “Temos de pensar na economia. Menos gasto significa retorno em investimento para a sociedade. Isso é uma questão fechada”, disse Alex ao lado dos vereadores Marcelo Lima e Estevão Camolesi. Miranda da Fé não participou e nem justificou a ausência. O fato só aumenta as especulações de que ele não continuará na sigla.

Alex anunciou também que a bancada terá autonomia para deliberar a votação dos projetos na Câmara. Apenas as matérias que versarem sobre o funcionalismo público deverão passar antes pelo crivo da executiva municipal, por meio de reuniões extraordinárias.

Segundo ele, a legenda definiu a data da convenção partidária – a ser realizada no dia 8 de outubro – e destacou ainda que a sigla buscará novas filiações, em todos os segmentos da sociedade. “Nossa meta é filiar mais mil pessoas até o dia 1º de outubro”.

Sinal é dado mais pelo governo, afirma

Sem externar publicamente qualquer contrariedade em relação às exonerações anunciadas pelo prefeito de São Bernardo dos indicados do PPS no Paço, Alex evitou entrar em atrito com Luiz Marinho (PT), a quem apoiou no segundo turno de 2008.

Na última semana, mais cinco indicados da sigla – sendo três na secretaria de Comunicação – foram exonerados. “Demissões e nomeações faz quem tem a caneta. Eu entendo como a decisão do prefeito.Eu não tenho opinião formada sobre esse assunto. Manda quem pode e obedece quem tem juízo”, minimizou.

Indagado várias vezes pelos jornalistas se as exonerações explicitavam um rompimento entre o PPS e o PT, Alex saiu pela tangente. “Quem tomou a atitude foi o prefeito, vocês devem perguntar a ele. O sinal é dado mais pelo governo do que por nós. Nós estamos recebendo informações”, afirmou.

Além de evitar atrito com Marinho, Alex não apresentou a mesma contundência ao falar de candidatura própria como vinha fazendo até então, inclusive durante almoço com tucanos locais quando projetou parceria em um eventual segundo turno. Ele disse apenas que o “rumo”é a candidatura majoritária.

“É precoce falar”, disse, ironizando a possibilidade de ser vice de Marinho em 2012. “O Frank é o vice atual. Por ele ter perdido a eleição (2010) é justo ele continuar como vice”, cutucou.

Sobre a possibilidade de o secretário de Comunicação, Edmar Luz, que foi indicado por Alex no governo, ser candidato a vereador, Manente foi evasivo. “Preciso consultar se ele ainda está filiado no PPS”.

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