Região precisa dobrar rede hoteleira para a Copa de 2014

Eleitas entre as 37 cidades de São Paulo capacitadas para receber seleções durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014, Santo André, São Bernardo e São Caetano buscam adequar a infraestrutura. Um dos gargalos é com hospedagem. De acordo com o Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), o ABC tem cerca de 1,1 mil leitos em hotéis, mas apenas 700 são de ótimo padrão. Portanto, é preciso dobrar o número de empreendimentos para que a região consiga recepcionar os turistas, pondera Wilson Bianchi, presidente do sindicato.

“O maior problema da região é a falta de leitos. Hoje já estamos no limite. No meio da semana temos quase 90% de ocupação. Para atender a demanda, o ABC teria que dobrar a quantidade de hotéis”, calcula Bianchi. O sindicalista conta que, atualmente, São Bernardo procura investidores para empreendimentos hoteleiros. “Fora isso, não há outras ações em prol deste déficit”, destaca.

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Para Marcelo Bispo, coordenador do curso de Gestão de Turismo da Universidade Metodista de São Paulo e membro do Comitê Gestor de Turismo de São Bernardo, o mais importante agora não é construir hotéis, mas melhorar a rede existente. “Precisamos de mão de obra com conhecimento geral e que domine outros idiomas. Não temos nenhum hotel de padrão internacional na região”, lamenta.

De olho na Copa, o hotel Park Plaza, em São Bernardo, iniciou recentemente a reforma de 172 apartamentos, melhoria de 12 salas de eventos e da área de lazer. “Também estamos com programa de treinamento para capacitar todos os funcionários”, adianta o gerente geral, Clóvis Dal Castel. Procurados pela reportagem, os hotéis Plaza Mayor, em Santo André, e Mercure, em São Caetano, afirmaram não ter projetos para o grande evento esportivo.

Boa gastronomia
A capacitação dos profissionais também é preocupação no setor gastronômico. O Sehal já realiza cursos para que em dois a três anos mais de 2 mil profissionais estejam prontos para recepcionar turistas. “O ABC está preparadíssimo para a Copa nessa área. Temos muitos restaurantes de qualidade, nos diferenciamos pela diversidade e o tempo todo chegam novas redes”, afirma.

Mobilidade
Para Bispo, o trânsito entre as cidades é outro problema. “A mobilidade urbana aqui é muito ruim. A solução seria um projeto integrado entre as cidades como o discutido no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Uma cidade projeta melhorias viárias, mas não adianta se o trânsito acaba escoando para o município vizinho. Tem de ser pensado de forma macro”, afirma.

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