Covers revivem Legião e Mamonas em S.Bernardo

Segundo Márcia Zoratti e Sousa, gerente de Marketing do shopping, o objetivo da série é oferecer ao consumidor uma atração diferente e criar um ambiente mais agradável. “Nos shows já realizados nós observamos que o público jovem vem junto com os pais, mesmo sendo apresentações de bandas antigas, e isso é bom”, comenta a gerente do Metrópole, que já trouxe covers de Elvis Presley, Cazuza, Beatles, Raul Seixas e das bandas roqueiras Queen, Red Hot Chilli Pepers e Aerosmith. 

 

Márcia diz que o público já cobra a segunda edição para 2016, assunto que não está descartado. “Tem isso um sucesso. Abrimos inscrições para essa primeira edição e a oferta de bandas covers foi muito grande para só oito dias de apresentações, então algumas bandas precisaram ficar de fora”, afirma Márcia.

 

Se para o shopping a banda cover é capaz de atrair o jovem e até a família, para o músico reproduzir o personagem artista no palco tem sabor pra lá de especial. Para o vocalista Rubens Lira, que é fã e interpreta Renato Russo no cover do Legião Urbana, é emocionante, uma troca com outros fãs. Lira diz que o papel do grupo é mostrar ao público que não teve a oportunidade de conhecer a banda antes, com Renato Russo. “A noosa banda, O Livro dos Dias, tem de trabalhar para manter acesa a chama do Legião Urbana original”, explica.

 

Com relação a fazer o papel do grande compositor, que faleceu em 1996, Rubens Lira afirma que não ensaia muito em casa e o fato de ele ser um grande fã do Legião Urbana deixa a apresentação com carga maior de emoção. “Eu não procura imitar o Renato. Assisto a muitos shows, mas eu prefiro deixar o momento fluir para a apresentação não ficar muito mecânica”, diz.

 

Marcelo Guerreiro, baterista da Somrisal, cover de Mamonas Assassinas, conta que os fãs da banda são rígidos com relação à fidelidade em preservar as características originais do grupo. “Eles são verdadeiros ´mamonamaníacos` e se nós fazemos alguma coisa diferente, eles já perguntam: ´o que é isso?`. Mas eles também fazem a gente se sentir músicos”, afirma.

 

O grupo, que já revive o Mamonas há 19 anos, começou como um fã clube e foi o primeiro cover reconhecido pela própria banda original. O nome surgiu de uma brincadeira, quando Dinho, vocalista do Mamonas Assassinas, disse que o som do grupo fazia o público dar risada e criou o trocadilho com medicamento contra acidez estomacal. No dia 29, além da apresentação do cover, haverá a exposição de pertences originais do Mamonas Assassinas e a presença dos familiares da banda, além de Nereide Nogueira, a mina do clipe Pelados em Santos. 

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