Aliados querem fidelidade, mas não o fim da reeleição

Chamada até de “mãe de todas as reformas” pelos dirigentes dos partidos e um dos assuntos do encontro na quinta-feira entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), a reforma política é um desses fenômenos brasileiros em que, de forma geral, todos são a favor, mas, na hora dos detalhes, ninguém se entende. Agora, Lula e Tasso disseram que governo e oposição vão dialogar para buscar os pontos comuns.

Esse é o problema. Enquete feita pelo jornal O Estado de S. Paulo com dirigentes de 10 dos 11 partidos da coalizão governista mostra que, em torno dos projetos já prontos para votação em plenário, só há consenso quanto à fidelidade partidária. Mesmo assim, cada um tem uma fórmula diferente para a fidelidade e a tendência é criar um meio-termo sem endurecer demais a punição para os que trocarem de partido.

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“É preciso ter regras que protejam os partidos do troca-troca verificado hoje, mas o político também não pode ser condenado a ter apenas uma legenda em toda a vida. Temos de encontrar um jeito de permitir que, no caso de desentendimento, ele possa buscar outro partido”, diz o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO).

A emenda constitucional que prevê o fim da reeleição para presidente da República, governador e prefeito vem sendo muito debatida nos últimos dias, mas sem consenso. O líder do PR, Luciano Castro (RR), Luciano Castro, é contrário à reeleição, mas diz que também é contra mudar agora o sistema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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