Diadema foca Cultura como ferramenta de inclusão social, diz secretário

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A Secretaria de Cultura de Diadema busca parcerias para promover projetos e estimular a arte como ferramenta de inclusão social na cidade. Segundo o secretário da Pasta, que foi instituída na atual gestão, Gilberto Moura, em entrevista à RDtv, a área tem o poder de ser o elemento sensibilizador na sociedade. “É uma ferramenta importante para abrir as mentes das pessoas”, explica. O maior desafio do secretário é chegar a marca de 2% do orçamento do município para a Pasta, o que representaria cerca de R$ 18 milhões, diante de um montante de R$ 930 milhões. “Além disso, queremos firmar parcerias com os governos do Estado e Federal e também com a iniciativa privada para nossas ações”, detalha. Do outro lado, Gilberto tem a tarefa de atrair a participação popular, por meio do envolvimento dos moradores nos objetivos culturais da cidade.

O titular da Pasta também pretende buscar na integração regional as condições financeiras necessárias. “Temos que estruturar os grupos e buscar apoio do Estado e do Governo Federal. “Já estamos inscritos no Fundo Nacional de Cultura para buscarmos mais recursos. A partir de agora, vamos tentar agenda com secretário estadual para discutir as parcerias. Estamos mantendo os projetos feitos em parceria com o Ministério da Cultura. No setor privado, buscaremos investimentos das empresas, como a Papaiz, que cedeu um prédio para a FATEC dos Cosméticos. Estamos organizando um encontro com os empresários para julho com o objetivo de mostrar o que a cidade produz”, explica.

Funcionário de carreira da Prefeitura, e ligado à área, Gilberto assumiu uma Secretaria que não existia, já que Cultura era subordinada à Pasta de Educação na gestão de Mário Reali (PT). Sobre o desafio de envolver a população, ele afirma já ter vencido uma etapa importante ao reunir grupos para mutirões para recuperação de equipamentos públicos. “Encontramos os espaços, como Bibliotecas, completamente deteriorados. Não tinha nem papel higiênico. O financeiro da Prefeitura estava comprometido, o que nos levou a fazer vários mutirões. Não tendo dinheiro, arregaçamos as mangas e chamamos a comunidade para cuidar disso”, ressalta.

Outra ferramenta de peso está nas oficinas culturais, que abriram 4.200 vagas em diversas modalidades, como o Circo Escola, com 650 vagas. “Também temos Artes Cênicas, Música, Dança, Teatro. É a cidade que oferece mais vagas de oficinas na região. E estamos fazendo o trabalho de integração delas, onde Hip Hop pode conversar com Teatro e Artes Plásticas, por exemplo. Na Música, temos os cursos para instrumentos como bateria, piano, etc. Com tudo isso, queremos formar as pessoas para mais que a arte, a idéia é que elas sejam formadas para a vida”, enfatiza o secretário.

Virada Cultural

Após a experiência de realizar a Virada Cultural na cidade em mais de 50 pontos descentralizados, Gilberto Moura afirma que o próximo passo é fomentar a produção local para gerar mais artistas. “Queremos trabalhar a produção cultural da cidade, que durante muito tempo ficou fora das políticas públicas. No começo do ano, fizemos encontro com 450 produtores municipais. A idéia é a descentralização e promover mais diversidade. Para as próximas Viradas, queremos que a produção cultural e artística tenha mais espaço. Agora, em junho, teremos o segundo encontro com os produtores para discutir as políticas publicas nesse sentido. Teremos mais artistas da cidade e isso será ampliado cada vez mais, inclusive de forma regional, para que o ABC entre no mapa cultural do Estado”, pontua.

O Carnaval de rua também está no foco da Secretaria, que retomou as discussões com os carnavalescos, o que era conduzido até a gestão anterior pela Secretaria de Governo. “Retomamos as conversas, inclusive, pela estruturação das Escolas de Samba. Estamos discutindo as formas de captar recursos e ano que vem, além dos destiles, teremos os bailes. Vamos montar uma bela festa para cada vez mais gerar oportunidade e fomentar a Cultura em Diadema”, finaliza.