Aquapolo beneficiará 350 mil consumidores de água

Rui Chamas, vice-presidente da Braskem, empresa que receberá 65% da capacidade do Aquapolo, citou a vantagem econômica representada pelo projeto, já que a água de reuso será adquirida por cerca de 70% do preço da água potável.

Iniciado em 2010, o Aquapolo Ambiental, maior projeto do País para a reutilização de água a partir do tratamento de esgoto para fins industriais, foi inaugurado na tarde desta quinta-feira (29/11), na estação de tratamento da Sabesp no ABC, divisa de São Paulo e São Caetano. Orçada em R$ 364 milhões, e feita em parceria com a empresa Foz do Brasil, a iniciativa produzirá até mil litros de água de reuso por segundo, que serão destinados ao Polo Petroquímico do ABC através de adutora de 17 km e 3,6 km de redes de distribuição, construídos subterraneamente. Ao atingir o objetivo, 350 mil munícipes poderão ser atendidos com a água potável antes consumida pelo centro industrial.

Dilma Pena, diretora-presidente da Sabesp, disse é que é preciso buscar alternativas e novas fontes de água e que a customização feita no Aquapolo para a atividade industrial é um grande avanço. “Esta iniciativa também servirá para garantir a segurança no abastecimento na região metropolitana de São Paulo, onde há baixa disponibilidade hídrica”, completou, ao citar que a Grande SP tem, em média, 140 mil litros de água por habitante por ano, menos de 10% do índice considerado como ideal pela ONU.

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Rui Chamas, vice-presidente da Braskem, empresa que receberá 65% da capacidade do Aquapolo, citou a vantagem econômica representada pelo projeto, já que a água de reuso será adquirida por cerca de 70% do preço da água potável. “Nossa intenção é a de ser líder mundial da química sustentável. A região sofre com “stress hídrico” e esta iniciativa não prejudicará de modo algum o meio ambiente, além de também ser muito vantajosa economicamente para nós”, definiu.

Presente no evento, o secretário de Saneamento e Recursos Híbridos do Estado, Edson Giriboni, elogiou o ineditismo da iniciativa. “Não existe ainda no Brasil, a cultura sobre a reutilização de água, como há em outros países como Israel, onde 65% do abastecimento de água vem do reuso. O resultado deste grande investimento servirá como um forte exemplo”, projetou.

Projeto foi reconhecido no Exterior

Mesmo antes do início das operações, o Aquapolo já contava com o reconhecimento internacional. Em abril de 2011, o projeto foi o segundo colocado no Global WaterAwards, prêmio que destaca iniciativas inovadoras em abastecimento e saneamento. A seleção foi feita entre 40 trabalhos de todo o mundo, por executivos de empresas que atuam no segmento água de diversos países e representantes de entidades do setor.

O projeto é também um dos três finalistas do Prêmio ANA 2012 na categoria Empresas, concedido pela Agência Nacional de Águas às iniciativas bem sucedidas em uso inteligente do recurso.

 

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