RD – Jornal Repórter Diário Notícias sobre o ABC. Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
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Em cinco cidades do ABC – Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, São Bernardo e São Caetano -, 439.210 pessoas compõem o grupo prioritário para vacinação contra a gripe neste ano. Mas até o momento, apenas 168.667 foram imunizadas, uma cobertura de 38,4%. Ou seja, a cada 10 pessoas que deveriam receber a vacina na região, pouco mais de 4 tomaram a dose. Santo André e Mauá não forneceram informações até o fechamento da reportagem.
A baixa adesão preocupa especialista em saúde pública. “É fundamental que o maior número possível de pessoas nos grupos prioritários seja vacinado, especialmente diante da sazonalidade das doenças respiratórias. A vacinação reduz internações e casos graves, protege diretamente os mais vulneráveis e evita a sobrecarga nos serviços de saúde”, destaca Cristina Vidal, gestora do curso de Farmácia da USCS (Universidade de São Caetano do Sul).
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Rio Grande da Serra lidera na baixa adesão
Em Rio Grande da Serra, a estimativa é de 16.328 pessoas no grupo prioritário. Dessas, 3.486 receberam a vacina, numa cobertura de apenas 21,34%, a menor entre os municípios da região. Nenhum caso de gripe foi notificado na cidade neste ano. A vacina está disponível em todas as unidades de saúde do município.
Em São Bernardo, o grupo prioritário reúne cerca de 200 mil pessoas, das quais 78.902 foram vacinadas até agora, o equivalente a 39,45%. Em Ribeirão Pires, a população prioritária é de aproximadamente 30 mil pessoas, com mais de 14 mil doses aplicadas, cerca de 46,6% de cobertura. A cidade monitora atualmente 17 casos com síndrome respiratória.
São Caetano vacinou 24.177 pessoas de um total de 50.771 pertencentes ao grupo prioritário, o que representa 47,62%. A vacina está disponível em todas as unidades básicas de saúde da cidade e no Centro de Imunização.
Diadema estima 86.111 pessoas no grupo prioritário, das quais 48.102 foram imunizadas, o que equivale a 55,85%, o melhor índice do ABC. A vacinação ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, em todas as 20 UBSs da cidade. Os endereços estão disponíveis no site da Prefeitura.
Quem faz parte do grupo prioritário?
O grupo prioritário para vacinação contra a gripe inclui crianças pequenas (até cinco anos, e em alguns casos até 12 anos), idosos acima de 60 anos, gestantes, profissionais de saúde, pessoas com doenças crônicas, pacientes em tratamento que comprometem o sistema imunológico, como os que usam corticoides, fazem quimioterapia ou vivem com HIV em fase de imunodeficiência, além de indivíduos que vivem em ambientes coletivos, como presídios, instituições de longa permanência e escolas. Esses grupos apresentam maior vulnerabilidade às complicações da gripe e, por isso, têm prioridade na imunização.
Prevenção e vacinação
Para Cristina, a maior suscetibilidade à gripe ocorre em grupos conhecidos, como crianças de até cinco anos — e, em alguns casos, até 12 anos —, idosos acima de 60 anos, gestantes, profissionais de saúde e pessoas que convivem em ambientes fechados, como presídios e escolas. “Esses grupos têm a imunidade diminuída e, por isso, precisam de atenção especial”, ressalta a especialista.
Também merecem atenção pacientes que fazem uso de corticoides, estão em tratamento de câncer ou vivem com HIV em fase de imunodeficiência, pois apresentam maior predisposição a doenças virais, reforçando a necessidade da vacinação. “A melhor prevenção é a vacina, que estimula a produção de anticorpos para proteger o organismo contra infecções”.
Além da imunização, manter hábitos saudáveis como ambientes arejados, higiene das mãos, alimentação equilibrada e ingestão adequada de água é fundamental, especialmente no período mais frio do ano, quando o organismo fica mais suscetível.
Cristina destaca a importância das campanhas de vacinação e da conscientização coletiva. “A divulgação pelas secretarias de saúde, profissionais, farmácias e imprensa é fundamental para ampliar a adesão e reduzir a circulação do vírus, o que diminui casos graves e sobrecarga dos serviços de saúde”, comenta.
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