ABC - terça-feira , 17 de junho de 2025

Mulheres revelam a força da maternidade em suas vidas no Dia das Mães

Yasmin conta que sempre foi seu sonho ser mãe nova, e contou com o incentivo da família (Foto: Arquivo Pessoal)

Ser mãe é uma jornada de descobertas e desafios, onde o amor se mistura com a força e a dedicação em cada momento. Com experiências diferentes na maternidade, Yasmin, Maria e Nathalia, todas do ABC, têm em comum a profundidade do amor maternal para suas vidas. O RD conversou com cada uma para saber o que pensam sobre o Dia da Mães (11/05), além também para compartilharem suas perspectivas sobre o que significa ser mãe, o papel da mulher na sociedade e a importância da data.

Realizando um sonho

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Para Yasmin Monsi de Sousa Caetano, de 24 anos, ser mãe representa a realização de um sonho alimentado por muito tempo. De Santo André e gestante de 35 semanas do pequeno Gael, ela compartilha com emoção o desejo de construir uma família com seu marido, algo que sempre esteve em seus planos. “Sempre quis ser mãe, mesmo antes de me casar”, conta.

No entanto, o caminho até a gravidez não foi fácil. O diagnóstico de endometriose, que dificultava a concepção, quase a fez desistir. Mas a determinação de ambos fez com que continuassem tentando até que, finalmente, o teste de gravidez deu positivo. “A sensação foi indescritível, foi um sorriso que não saía do meu rosto. Realizei meu sonho e o de toda minha família”.

Apesar da felicidade, Yasmin também enfrentou desafios durante a gestação. Diagnosticada com epilepsia desde os 8 anos, ela precisou adaptar sua medicação para garantir que não prejudicasse a saúde de Gael. “Sempre tomei remédios controlados, mas, durante a gestação, precisei trocar a medicação, o que me deixou preocupada”, diz. Mas a força do amor e a certeza de que seu filho está bem a ajudaram a enfrentar esses momentos difíceis. “Me fortaleceu a ser mais decidida, mais focada no que quero para mim e para minha família”, revela.

A adoção de Ellen, apesar de burocrática, renovou a mãe que Maria foi para suas outras filhas (Foto: Arquivo Pessoal)

Sobre o Dia das Mães, Yasmin acredita que a data deve ser vista como uma oportunidade de expressar gratidão, mas que a verdadeira celebração da maternidade deve acontecer todos os dias. “O Dia das Mães é todos os dias. Não precisa de uma data para lembrar de tudo o que a mãe faz por nós”, afirma, enfatizando o amor incondicional e os sacrifícios que as mães fazem por seus filhos. Para ela, ser mãe é uma experiência única e transcendental, marcada pela dedicação e pela alegria de ver sua família crescendo.

Aos 50 anos, um recomeço

Aos 73 anos, Maria Tavares Guedes, de Ribeirão Pires, reflete sobre a maternidade com um olhar de sabedoria adquirida ao longo dos anos. Mãe de seis filhos, sendo que a mais nova, Ellen (23 anos), foi adotada, Maria compartilha o que aprendeu ao longo de uma vida dedicada à família. “Ser mãe é ser cuidadosa, trabalhadora, amorosa e dedicada. Nunca fiz nada sozinha. Tudo que fiz foi para dar o melhor para minhas filhas”, diz Maria, destacando que a maternidade sempre exigiu muito dela, mas também trouxe recompensas imensuráveis.

O processo de adoção de Ellen foi um dos maiores desafios de Maria. “A adoção foi difícil, mas quando a trouxe para casa, ela se tornou minha filha, assim como as outras”, recorda. A burocracia e a paciência necessárias para a adoção a ensinaram muito sobre a importância de dar amor sem esperar nada em troca. “Cuidar das minhas filhas sempre foi a minha prioridade”, afirma com orgulho.

De Mauá, Nathalia comenta sobre o dia a dia da vida como mãe solo (Foto: Arquivo Pessoal)

Maria observa que a dinâmica da maternidade mudou ao longo do tempo, especialmente com o aumento da comercialização do Dia das Mães. “Hoje, é mais sobre comércio do que sobre o verdadeiro significado. Acho que os filhos deviam prestar mais atenção nas mães”, critica. Apesar disso, vê a data como uma oportunidade de reunir a família e expressar gratidão. “Minhas filhas sempre estão comigo, me fazendo sentir especial todos os dias” destaca.

A força diária de ser mãe solo

Helena de Araújo, de 4 anos, é o maior orgulho de Nathalia (27), mãe solo que vive em Mauá. Para ela, ser mãe é um desafio constante, mas também uma das experiências mais gratificantes da vida em que se torna uma missão de amor absoluto, mas também de resistência. “É a melhor e mais difícil missão que existe. Todos os dias é um aprendizado”, afirma. Ela acredita que a figura materna tem um significado que transcende gerações e o papel das mães deve ser mais valorizado pela sociedade.

O Dia das Mães, para Nathalia, é uma oportunidade para as pessoas refletirem sobre o verdadeiro significado da maternidade. “A maternidade é difícil quando você é uma boa mãe. Se está sendo difícil, é porque você está dando o seu melhor”, diz ela, em um momento de reflexão sobre o que realmente significa ser uma mãe dedicada. Nathalia, que criou sua filha sozinha após uma separação, enxerga a maternidade como algo que a fortaleceu imensamente. “Tudo que passei me fez mais corajosa, mais determinada. Hoje, meu medo é não ver minha filha crescer”, confessa, destacando que sua filha Helena é sua maior motivação para seguir em frente.

“Ser mãe solo é difícil, mas é a forma mais pura de amor. Quando você é uma boa mãe, sabe que cada esforço vale a pena. A maternidade me fortaleceu e me tornou uma pessoa muito mais forte e capaz de enfrentar qualquer desafio”, comenta.

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