O Grupo Carrefour Brasil registrou lucro líquido ajustado atribuído ao controlador de R$ 282 milhões no primeiro trimestre deste ano, o resultado 5,5 vezes maior (446,6%) que os R$ 52 milhões reportados em igual período de 2024.
O Ebitda ajustado consolidado do Carrefour foi de R$ 1,47 bilhão, alta de 3,7% na comparação anual. Enquanto isso, a margem Ebitda ajustada foi de 5,6%, praticamente estável em relação aos 5,7% registrados em 2024. A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 26,1 bilhões, o que representou um crescimento de 5,1% sobre o mesmo trimestre de 2024.
Para o diretor Financeiro (CFO) do Carrefour, Eric Alencar, o resultado reflete uma gestão mais eficiente de custos, disciplina de capital e desempenho sólido do Atacadão, principal motor da operação.
O braço de atacarejo da companhia (Atacadão) respondeu por 72% das vendas totais e manteve sua trajetória de expansão, com vendas brutas de R$ 20,7 bilhões, alta anual de 7,3%.
Já a margem Ebitda no canal cash & carry foi de 6,8%, alta anual de 0,2 ponto porcentual (p.p.), em razão da maturação de lojas convertidas do Grupo BIG e a adição de novos serviços (como padaria e açougue) em unidades existentes.
Por outro lado, o segmento de varejo apresentou retração de 6,3% nas vendas brutas, impactado pela otimização do portfólio de lojas e pelo efeito calendário da Páscoa, que neste ano caiu no segundo trimestre.
Já o banco Carrefour teve resultado positivo, com Ebitda ajustado de R$ 228 milhões, alta de 11,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024, mesmo com o impacto da nova regulamentação do Banco Central que elevou a inadimplência no setor. A carteira de crédito cresceu 16,2%, e chegou a R$ 29 bilhões.
Este foi o último balanço do Carrefour como empresa de capital aberto, uma vez que o controlador decidiu deslistar a companhia da B3.