
Os ovos de Páscoa industrializados estão, em média, 12% mais caros neste ano em comparação a 2024. De acordo com um levantamento do Centro de Inteligência de Mercado da Strong Business School (CIM), o preço médio do quilo do chocolate nesse formato chegou a R$ 260,93 na região do ABC, contra R$ 232,83 no ano passado. A alta acompanha a inflação acumulada e o aumento no custo do cacau, logística e outros insumos da produção.
O impacto da inflação também é percebido nos chocolates em geral. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, o grupo de chocolates em barras e bombons registrou variação de 15,49% nos últimos 12 meses na Região Metropolitana de São Paulo. O grupo de alimentação como um todo subiu 7,75% no mesmo período, reforçando a pressão sobre o orçamento do consumidor.
O levantamento da Strong Business School aponta que os preços dos Ovos de Páscoa variam consideravelmente, indo de R$ 176,80 a R$ 487,90 por quilo. Produtos licenciados, como os associados a personagens infantis, costumam apresentar os valores mais altos. Em relação ao ano anterior, algumas variações chegaram a 36,6%, enquanto outras ficaram próximas de 5,05%, dependendo da categoria do produto.
O economista Sandro Maskio, da Strong Business School, destaca que o aumento expressivo reflete a inflação acumulada, mas também os custos de produção e a estratégia das indústrias para manter margens de lucro em um mercado segmentado. “Os consumidores devem se atentar às opções disponíveis e avaliar o custo-benefício antes da compra”, aconselha.
Com a alta nos preços, muitas famílias podem buscar alternativas, como chocolates em outros formatos ou até a produção caseira. O cenário reforça que, além do significado simbólico da Páscoa, os valores monetários também serão um fator de reflexão em 2025.