O retorno de São Bernardo e a aproximação de São Caetano em relação ao Consórcio Intermunicipal Grande ABC está criando um “momento de reconstrução coletiva” na entidade regional. Este é o relato do secretário-executivo e presidente do Conselho Diretor da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo Oliveira da Silva, em entrevista ao RDtv desta segunda-feira (24/02). Para o integrante dos dois grupos, os municípios terão oportunidades para resolver problemas em conjunto.
“Muitos problemas uma cidade sozinha não vai conseguir encarar. Eu acho que estamos vivendo um momento importante da reconstrução coletiva da região com as sete cidades, os sete prefeitos.”, explica o secretário-executivo.
Entre os principais exemplos estão os planos regionais de Mobilidade Urbana, e de Drenagem e Microdrenagem. O primeiro passará por atualizações visando obter recursos dentro do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal, e aproveitando os investimentos no BRT-ABC, linha 10-Turqueza da CPTM e na futura linha 20-Rosa do Metrô.

A segunda passa pela revisão do plano de 2016. Os municípios iniciam as conversas para a apresentação do projeto junto ao Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) para fazer a atualização deste plano. Aroaldo aponta que o futuro projeto levará em conta estudos de universidades e os problemas causados pela emergência climática, tanto para os momentos de dias consecutivos de chuva e os períodos de seca.
Outro ponto é não apostar somente nos piscinões, mas ampliar as ideias para outras propostas que possam proporcionar uma maior segurança durante os temporais. Aroaldo relembra que os piscinões feitos na região foram frutos de um debate no Consórcio ABC, inclusive o piscinão Jaboticabal, construído na cidade de São Paulo, mas que visa auxiliar algumas cidades da região.
Economia
A parte econômica da região é um dos focos. Após o Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, revelar que quer sediar a primeira grande feira nacional do empreendedorismo no ABC, os prefeitos estão se organizando para aproveitar o momento e melhorar o cenário para os micros e pequenos empreendedores.
Entre as ideias é conseguir alinhar estes empreendedores a partir do Poder Público, aproveitando de um mecanismo nacional que permite que as prefeituras possam contratar esses micros e pequenas empresas para serviços rápidos. E outro ponto é conseguir aproximá-los dos principais polos da região, principalmente visando a área de tecnologia. Segundo Aroaldo, nas sete cidades são mais de 10 mil empreendedores, fato que chama a atenção dos prefeitos.
Tudo isso será somado ao processo de reindustrialização do ABC, aproveitando outras medidas feitas pela União. Um dos pontos é apostar na Indústria da Saúde, como um polo para a geração de emprego e renda.