Salles promete reduzir ISS que incide na tarifa de ônibus em Santo André

O candidato a prefeito do PDT em Santo André, Raimundo Salles, afirmou que não medirá esforços para implantar o sistema do bilhete único no transporte público da cidade. “Sempre fui defensor do bilhete único e da integração do transporte público. A proposta permaneceu e aqueles que eram contra agora são a favor. Em minha gestão, vou implantar o bilhete único municipal, doa a quem doer e farei a redução do ISS (Imposto sobre Serviços) que incide na tarifa de ônibus”, garantiu.

Salles prometeu criar escolas técnicas municipais, como forma de diminuir a disparidade entre o ensino oferecido aos jovens do município. Projetou  também revitalizar o centro da cidade. “Vou criar escolas técnicas municipais, para dar possibilidades ao jovem da periferia. Já em relação ao centro, além do abandono, os índices de roubo também preocupam. Precisamos de uma central de monitoramento e da presença ainda maior da Guarda Civil Municipal”, disse.

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Confira abaixo, alguns trechos da entrevista ao RDtv:

RD: Qual o balanço o senhor faz deste primeiro mês de campanha? Crê que a população já conhece os candidatos?
Salles:
Não vejo assim. A candidatura da grana do PT (menção feita ao candidato Carlos Grana) e de Aidan Ravin (PTB), são duas candidaturas importantes, que de fato tem espaço na sociedade andreense e que abrem espaço até por terem maior poder econômico, mas vejo na sociedade uma profunda rejeição às suas respectivas propostas, Há espaço para criar uma terceira via, uma opção real ao eleitor. Tivemos um primeiro mês maravilhoso, agora vamos à rua, para falar com o povo.

RD: Quais temas são abordados nas caminhadas, para iniciar conversa e convencer o eleitor?
Salles:
Justamente neste aspecto, de sermos uma boa nova, e de o quanto a união entre PDT e PSDB foi importante, como o apoio de Paulinho da Força e do Governador Geraldo Alckmin. Nesta semana, começaremos a ir para as ruas definitivamente.

RD: Caso seja eleito, vai privilegiar a periferia?
Salles:
Temos que fazer escolhas para governar. A cidade possui 200 mil pessoas que moram em áreas não regulamentadas e 64 mil imóveis não regulares, segundo a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), além de 4.780 casas em áreas de risco. Minha opção será pela periferia e urbanização dos núcleos e pelo povo de Santo André, que tem sofrido muito com esse governo. Foram criadas muitas expectativas, principalmente na área da saúde, que eram enormes, mas quem se disse especialista não conseguiu fazer nada, imagine nas outras áreas.

RD: E em relação ao déficit de cerca de 20 mil moradias que a cidade possui. Qual seu planejamento para a construção de casas?
Salles:
O maior investidor em obras de moradia na cidade é a CDHU, com 2.070 unidades já entregues e com R$ 540 milhões para serem investidos até 2015. O governo do Estado foi fabuloso com a cidade. Temos condições de ampliar mais ainda, já que possuímos grande proximidade com o governo e com o PSDB, que integra nossa chapa majoritária.

RD: Quais são suas projeções?
Salles:
O projeto é usar esses R$ 540 milhões para fazermos pelo menos 4.500 unidades, relativas às habitações instaladas em áreas de risco. Temos que tirar essas pessoas destas situações.

RD: O centro também é uma área importante. Quais seus projetos para esta região? A cobertura do calçadão da Oliveira Lima é algo muito citado, por exemplo.
Salles:
O centro precisa ser revitalizado. A rua Cel. Oliveira Lima está abandonada, com vazamentos, câmeras de segurança que não funcionam. Uma parte apenas do desastre que foi a última administração. O índice de roubos no centro também preocupa. Precisamos de uma central de monitoramento e da presença da GCM (Guarda Civil Municipal). Além de rebaixar a calha do rio Tamanduateí, para acabar com as enchentes que ocorrem no Centro.

RD: Outra polêmica do centro se refere à reforma do Cine Teatro Carlos Gomes. Como analisa a questão?
Salles:
Esta é a única obra que o gestor não pode fazer sozinho. Na cultura, temos que ouvir os agentes culturais, para definir o melhor caminho para o Cine Teatro e restaurá-lo nas condições e formas em que sempre existiu. O PT e o atual governo destruíram o Carlos Gomes.

RD: E quanto à educação, o objetivo é municipalizar?
Salles:
Não vou municipalizar, mas criarei escolar técnicas municipais, para dar possibilidades ao jovem da periferia.

RD: O senhor é contra a municipalização?
Salles:
É uma questão que deve ser discutida. Em São Bernardo e em São Caetano deu certo. Quero fazer diferente, ao criar escolas técnicas municipais. Os ricos estudam nas escolas privadas caras, os de classe média, passam nas Etecs e os outros vão para o ensino regular, com a progressão contínua e com grandes dificuldades de sair de lá com a formação intelectual, moral e cultural necessárias.

RD: O transporte em Santo André também representa outro ponto muito criticado. Como melhorar?
Salles:
Sempre fui defensor do bilhete único e da integração do transporte público. A proposta permaneceu e aqueles que eram contra agora são a favor. Em minha gestão, vou implantar o bilhete único municipal, doa a quem doer.

RD: Vai interferir no preço da passagem de ônibus?
Salles:
Não falo nisso, o que existe é algo equivocado, já que na planilha dos custos das empresas de ônibus constam 3% de ISS (Imposto Sobre Serviços) que é transferido diretamente para os usuários e que o empresário não paga. Vou baixar essa tarifação para 1%, como é feito em outras cidades, como Fortaleza e Rio de Janeiro. A questão é desonerar as empresas.

RD: Qual é a sua proposta para Paranapiacaba?
Salles:
Acho que a gestão administrativa de Paranapiacaba tem de ser de Santo André, pois não vamos abrir mão de território. Mas a gestão cultural deve ser do Consórcio Intermunicipal. Também quero levar uma unidade da Universidade Federal do ABC (UFABC) que seja ligada ao meio ambiente. Gostaria que houvesse unidade de formação neste sentido. 

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