
Com a aprovação, pela Câmara de Diadema, do projeto de lei que definiu aumento do subsídio de prefeito, vice e secretários municipais, a folha de pagamento da prefeitura vai aumentar em R$ 2.200.176,55, fora os encargos. Nesta quarta-feira (18/12) em menos de quatro minutos e sem debates, os vereadores aprovaram por unanimidade o reajuste do primeiro escalão do Executivo, na primeira votação, na segunda apreciação, já em sessão extraordinária, a votação foi ainda mais rápida e o vereador José Aparecido da Silva, o Neno (PT) foi o único voto contrário.
Depois de oito anos sem reajuste, os agentes políticos terão um substancial aumento nos seus subsídios, sendo que os secretários tiveram o maior reajuste, de 70,88%, com isso o atual salário de um secretário passa de R$ 10.533,25 para R$ 18 mil, um acréscimo de R$ 7.466,75, por mês para cada um dos 21 secretários.
A vice-prefeita eleita Andreia Fontes (PL) vai receber também R$ 18 mil, diferente dos vencimentos recebidos pela atual vice, Patty Ferreira (PT) que recebe R$ 11.703,57. O reajuste para o cargo ficou em 53,8%.
Já o cargo de prefeito teve o menor reajuste proporcional. De acordo com o projeto de lei aprovado pela Câmara o aumento foi de 29,47%. Com isso Taka Yamauchi (MDB) vai ganhar R$ 6.146,17 mais que José de Filippi Júnior (PT) e que o ex-prefeito Lauro Michels (PV) ganharam, considerando os dois últimos mandatos. O salário do chefe do Executivo passa de R$ 20.853,83 para R$ 27 mil.
Impacto
A Câmara também aprovou que prefeito e vice-prefeito tenham direito ao 13°salário, que não era previsto anteriormente. Só com essas mudanças o impacto da medida aprovada nesta quarta-feira, vai aumentar em R$ 2.200.176,55 a despesa do município com a folha de pagamento. Esse valor seria suficiente para, por exemplo, instalar seis restaurantes populares, nos moldes do que foi inaugurado neste ano no Jardim Marilene, ao custo aproximado de R$ 350 mil, conforme divulgou a prefeitura em junho, época em que o equipamento foi entregue.

Uma mudança ocorreu internamente na Mesa Diretora da Câmara, autora do projeto de reajuste do Executivo. Inicialmente os salários de prefeito e vice não seriam alterados, e o salário de secretário teria um reajuste para R$ 13.120,60. Então duas emendas foram propostas, a primeira foi modificativa, fixando aumento para os três cargos e a segunda, uma emenda aditiva permitindo o pagamento do 13° para prefeito e vice.
Há exatamente um ano, em 19 de dezembro do ano passado, os vereadores de Diadema também reajustaram os próprios salários em 94,3%. Hoje o salário do parlamentar é de R$ 19.803,83 sendo maior do que o de um secretário municipal, mesmo com o reajuste aprovado agora. Os salários dos vereadores estava sem reajuste havia 12 anos.
Para o presidente da Câmara de Diadema, vereador Orlando Vitoriano (PT), pelos anos sem reajuste foi necessário resolver a defasagem do salário dos secretários. “Hoje temos uma desvalorização dos profissionais e o secretário é um ordenador de despesas e para ser um gestor público tem que ser técnico. Como pagar um salário de R$ 13 mil para um secretário de saúde, que responde inclusive com o seu patrimônio por qualquer irregularidade, se um médico fazendo diferentes plantões consegue ganhar igual ou mais? Esse reajuste teria que ser feito, sendo o prefeito Taka ou se fosse o Filippi, pois do jeito que estava ficava difícil contratar pessoal técnico para trabalhar. Em São Bernardo, por exemplo, um secretário ganha R$ 28 mil, agora, com esse reajuste a gente equipara o salário d Diadema ao do ABC. O salário do secretário é compatível com o tamanho da sua responsabilidade”, resume o presidente do Legislativo.