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A convivência com mosquitos e moscas tem sido um verdadeiro incômodo para moradores dos bairros Vila Mercedes e Guapituba, em Mauá. O enxame tem preocupado a população, que relata aumento expressivo da presença desses insetos nos últimos dias.
De acordo com o aposentado Renato Soares, morador da rua Henrique Cano Munhoz, Vila Mercedes, os insetos começaram a aparecer há pelo menos um semana, em um dia, sua esposa chegou a matar cerca de 200 mocas e mosquitos.
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“Há cerca de uma semana temos notado muitos mosquitos na região. Não sei o que está acontecendo. Fui até a Coop, que fica na divisa de Mauá com Ribeirão, no Guapituba, e também estava cheio de mosquitos. Em casa, minha esposa chegou a matar 200 insetos em um único dia. Aqui na região, até os venenos para mosquitos estão em falta”.
Renato descreve os transtornos que a situação tem causado: “É muito ruim, atrapalha a gente no dia a dia. Quando vamos comer, fica cheio de mosquitos ao redor. Quando vamos dormir, eles nos rodeiam e picam. Até no meu carro, encontro moscas todos os dias.”
A situação é agravada pela dificuldade de encontrar produtos para controle dos insetos nos comércios locais. Enquanto isso, os moradores seguem buscando alternativas para amenizar os incômodos.
Especialista explica
Ao RD a especialista em biodiversidade vegetal e meio ambiente, Eriane Savóia, professora do Centro Universitário FMABC, explica os fatores que levam ao aumento de mosquitos e moscas na região. “As temperaturas mais elevadas e o aumento das chuvas criam um ambiente perfeito para a reprodução de mosquitos. Já as moscas, além de serem atraídas pelo calor e pela disponibilidade de água, encontram no acúmulo de resíduos e matéria orgânica em decomposição um local ideal para se proliferarem”, afirmou.
Eriane também destacou o impacto ambiental como um agravante importante. “O desmatamento força mosquitos que habitam áreas vegetadas a migrarem para regiões urbanas em busca de abrigo e alimento. Isso, aliado a hábitos humanos inadequados, como o descarte incorreto de lixo e a manutenção de água parada, contribui diretamente para esse desequilíbrio”, alertou.
Riscos à saúde
A especialista alerta que algumas espécies de mosquitos são vetores de doenças graves, como dengue, chikungunya, febre amarela e zika. Já as moscas podem transmitir bactérias causadoras de gastroenterites e infecções dermatológicas, como berne.
Como prevenir?
Para minimizar os riscos e controlar a infestação, recomenda-se:
- Instalar telas em portas e janelas;
- Usar repelentes regularmente;
- Evitar o acúmulo de recipientes com água parada;
- Acondicionar lixos e resíduos de forma adequada.
O que diz a prefeitura?
Questionada, a Prefeitura de Mauá não se posicionou até o fechamento da reportagem.
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