
O novo reitor do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Marcello Nitz, foi empossado nesta quarta-feira (13/11), em evento realizado em São Paulo. Em sua apresentação, Nitz afirmou que quer realizar ações que possam colaborar para o enfrentamento dos principais desafios do Ensino Superior como a evasão de alunos. Além disso, aposta em movimentos que podem tornar as carreiras na área de exatas mais atrativas, e na maior diversidade dentro do ambiente universitário.
Segundo dados de todo o Ensino Superior brasileiro, em 2023, 59% dos alunos se evadem dos cursos, 40% concluem e 1% ainda estão em busca da conclusão. Tal cenário, segundo Nitz, faz com que sua passagem pela reitoria seja uma forma de olhar além do IMT, mas também para todo o setor universitário.
“É um desafio bastante grande. O Ensino Superior brasileiro tem determinadas características que pretendemos impactar positivamente e mudar. Por exemplo, os cursos nas áreas de Engenharia e Tecnologia são preponderantemente masculinos. Então, as moças não são atraídas para essas carreiras. Isso não é só no Brasil, mas acontece em outros países. Mas temos cases fora do Brasil de ações organizadas, planejadas para ampliar a diversidade desses programas”, explica o reitor.
Além da diversidade de gênero, outro objetivo é a busca por uma maior diversidade racial, tanto entre os estudantes quanto no corpo docente. Uma reforma curricular também está na lista de desafios estipulados por Marcello, que também aponta a necessidade de os cursos conversarem com as ações mais debatidas no momento como as áreas ambiental e social, o que também pode gerar uma maior atração dos jovens para a área de exatas.
Outros pontos estabelecidos como metas são os que criam instrumentos de avaliação de cursos e instituições, e um sistema de acreditação independente para instituições na área de Engenharia e Tecnologia, algo que acontece em outros países, mas que Nitz quer fazer um modelo próprio no Brasil.
Também reforçou a necessidade de manter e ampliar as parcerias com as cadeiras produtivas relevantes, os conselhos profissionais, o Ministério da Educação, a Secretaria Estadual e as secretarias municipais, a Educação Básica e os governos como forma de melhorar o trabalho.