Com dias de chuvas fortes, temporais, aliados ao calor e baixa umidade, outubro encerra e alerta a respeito da variação climática, principalmente quando relacionada ao surgimento de casos de covid-19. Para combater o vírus, municípios do ABC realizam ações periódicas de vacinação com foco no grupo de risco estabelecido pelo Ministério da Saúde.
Em Santo André, 100% da população acima de 18 anos finalizou o ciclo com pelo menos 2 doses, segundo nota da Prefeitura. Já na população de 12 a 17 anos, a cobertura é de 81%, e na população menor de 12 anos, de 77%. A partir de 2024 a vacinação contra covid-19 segue esquema de dose única, com a vacina Moderna XBB, que esta disponível apenas para os seguintes grupos: Na rotina para crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias, sendo a única população que se recomenda duas doses.
São Caetano segue em segundo lugar com 92,4% de cobertura vacinal contra a covid-19 com o imunizante bivalente para o esquema primário. Desde 27 de maio, o município vacina os grupos prioritários a partir do imunizante atualizado “Spikevax”, do laboratório Moderna, sendo 5.473 doses aplicada até o momento. Porém, devido ao desabastecimento em todo o território nacional da vacina, conta com estoque zerado nas unidades desde 18 de outubro, sem previsão de distribuição.
Em seguida está Rio Grande da Serra, que registra 90,11% de sua população vacinada ao menos com a duas doses, de acordo com a regra de vacinação da XBB. São Bernardo conta com 90% da população foi vacinada com o esquema vacinal básico, composto por duas doses, e 68% com três doses da vacina contra a covid-19 desde o início da campanha de imunização.
Ribeirão Pires, por sua vez, registra 25% da população vacinada com as quatro doses da vacina monovalente, sem indicar o percentual em relação aos menos com as duas doses. As prefeituras de Diadema e Mauá não responderam até o fechamento da reportagem.
Grupo de risco
Entre o público prioritário para se vacinar, crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias, precisam de duas doses. Já pessoas com 60 anos ou mais, imunocomprometidas e gestantes recebem a dose semestral.
Indivíduos que enquadram no grupo de risco, precisam tomar anualmente a vacina, estão: moradores em instituições de longa permanência, e seus trabalhadores, indígenas, ribeirinhas, quilombolas, trabalhadores de Saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situações de rua.
Variação climática
O clima virou pauta recorrente quando se trata dos assuntos mais comentados nos últimos anos. Dias de chuva e calor intenso, alternados com frio e tempo pouco úmido, sugerem a propagação da covid-19, já que enfraquecem a imunidade e aumentam a incidência de doenças respiratórias.
Para o médico infectologista da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Juvencio Furtado, manter a vacinação em dia é essencial para a população, a fim de manter a proteção contra o vírus reforçada e diminuir o risco de infecção ou contaminações em casos mais graves da doença.
“Os vírus têm a capacidade de sofrer mutações e aparecerem em versões mais fortes, que conseguem passar pelos primeiros imunizantes. Por isso é sempre importante ter a vacinação em dia”, destaca o médico.
Quanto as mudanças climáticas, o infectologista comenta que o fim de ano costuma trazer temperaturas mais altas e chuvas, o que contribui para o surgimento de mais fatores de risco. “Infecções respiratórias são bastante comuns, então é recomendável manter alguns cuidados, como a higienização das mãos”, ressalta.
Vacinação
Caso a pessoa não saiba quantas vacinas contra a covid-19 já recebeu, no momento da vacinação é fornecida ou anotada na caderneta de vacina a dose contra administrada. Além disso, a informação pode ser consultada no app MeuSUSDigital.