
As mortes no trânsito do ABC voltaram a ficar abaixo da média do ano em setembro, com o registro de 14 óbitos, depois do pico de 24 falecimentos em agosto, que junto com maio, foram os meses mais violentos nas ruas e avenidas da região. A quantidade de mortos em veículos de quatro rodas superou a de motociclistas e pedestres, que historicamente são os que mais morrem em acidentes.
Segundo o Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito) elaborado pelo Detran, o mês de setembro deste ano pode ser considerado o menos violento desde 2015 quando o levantamento começou a ser divulgado. Número menor foi registrado apenas em setembro de 2021 (10 mortes), mas em plena segunda onda da pandemia da covid-19 que fez com que muitas pessoas evitassem sair de casa. Há três anos as mortes pela doença respiratória passaram de 16 mil pessoas em setembro no país e a vacinação só estava disponível para públicos com prioridade, como idosos.
Considerando os óbitos por tipo de veículo, os que estavam em veículos de quatro rodas superaram as fatalidades de motociclistas e pedestres que geralmente são os que mais morrem em acidentes de trânsito. Dos 14 mortos de setembro, quatro eram motociclistas (29%), quatro eram pedestres (29%), cinco estavam em carros (35%), a décima quarta vítima não foi classificada quanto ao tipo de veículo.
Se comparado com o mesmo mês de 2023, quando foram registrados 31 óbitos, setembro deste ano, com 14, teve uma redução de 54,84% nas fatalidades do trânsito.
De janeiro a setembro deste ano 159 pessoas morreram em virtude de acidentes nas vias do ABC, no mesmo período do ano passado foram 171 o que faz 2023 ter os piores índices em nove meses, desde quando o Infosiga passou a divulgar os números. Apesar disso este ano não é dos mais pacíficos. Considerando o período de janeiro a setembro, em 2016 foram 149 mortes; 2018 registrou 139; 2020 (primeiro ano da pandemia), 132 óbitos; 2021 teve 147 e 2022 teve 157 fatalidades no trânsito do ABC.
Dos 159 mortos em nove meses deste ano, 66 deles, ou 41%, estavam em motos; no período morreram 45 pedestres, o que corresponde a 28% do total. Motoristas ou passageiros de carros que morreram em acidentes entre janeiro e setembro foram 28 (17%) e oito ciclistas (5%) morreram no período.