O candidato a prefeito em São Bernardo, Claudio Donizete (PSTU), participou da sabatina promovida pelo Repórter Diário nesta terça-feira (27/08). O prefeiturável defendeu o fim dos supersalários para políticos, o encerramento de contratos de concessão das administrações da Saúde e do Transporte, e uma participação popular para a definição do orçamento a partir de conselhos. Medidas estas que são incorporadas em seu plano de governo como uma forma de revolução na gestão.
“A nossa proposta é um governo que a participação popular seja de fato considerada e de fato efetivada. Porque o orçamento público aqui na cidade gira em torno de R$ 6 bilhões e dele é feito um fatiamento e loteamento dele entre vários interesses que estão tanto no Paço como na Câmara Municipal há décadas aqui na cidade. Porque quem administra de fato esse orçamento são pequenos grupos econômicos, famílias bilionárias, uma elite que governa junto com esses representantes, tanto no Paço como na Câmara. E a gente quer quebrar essa lógica, porque essa lógica está trazendo para o município uma privatização cada vez maior do serviço público e uma quebra dos interesses de fato daquilo que os trabalhadores precisam com prioridade nas periferias em particular”, explica.
Os Conselhos Populares, defendidos pelo candidato, seriam eleitos pelo povo e representariam cada região da cidade. Na sua visão, tal medida facilitaria o entendimento de quais os problemas que devem ser resolvidos e o quanto seria investido. A ideia é que isso seja ampliado de outras formas como a criação de uma empresa pública voltada para a realização das obras, assim gerando emprego e renda na cidade.

Outro ponto defendido por Donizete é o fim do atual contrato com a Fundação do ABC para o gerenciamento de todo o sistema de Saúde. A ideia é que todos os funcionários sejam contratados diretamente pelo Poder Público e que a Prefeitura seja a responsável direta pelo gerenciamento dos equipamentos deste setor.
O mesmo aconteceria com a área do Transporte Público, com a criação de uma empresa pública que tomaria para si a responsabilidade de gerenciamento das linhas de ônibus municipais e do transporte escolar. Assim, Claudio considera que seja mais fácil para implantar um sistema de tarifa zero na cidade, seguindo uma linha mais popular.
Todas as ações seriam definidas por esses Conselhos. Questionado sobre como seria a relação com a Câmara, que pela lei é a responsável pela aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), o candidato considera que como a decisão virá do povo, os vereadores teriam que segui-lá conforme a deliberação dos conselhos.
Outro ponto defendido é que os mandatos políticos sejam revogáveis por decisão popular e que todos aqueles que estão em cargos eletivos (prefeito, vice, secretários e vereadores) recebam um salário igual a média dos valores pagos aos profissionais da Educação.