No sábado (24/08) São Bernardo entrou para a lista das cidades com grandes riscos de queimadas em matas ou incêndios próximos às áreas habitadas. O governo paulista contabilizou número recorde de queimadas em agosto, praticamente 10 vezes maior do que no ano passado. Na última lista de cidades, divulgada no domingo (25/08) São Bernardo já estava fora, porém, como o tempo continua seco, todos os municípios da região estão com suas equipes de Defesa Civil em prontidão.
O governo do Estado e a Defesa Civil paulista não explicaram os motivos da saída da prefeitura de São Bernardo da lista das cidades em risco, ainda assim o município, bem como as demais cidades da região estão em alerta por conta das queimadas. “Para o enfrentamento de situações envolvendo queimadas, as equipes da Defesa Civil passaram por treinamento especializado de combate à chamas, incluindo simulações reais com fogo, além da utilização de equipamento especiais, em conjunto com a Defesa Civil do Estado de São Paulo. Nos últimos 15 dias, houve registro de dois focos de incêndio. Nos dois casos, a Defesa Civil atuou na retirada das pessoas do entorno e isolamento do local até a eliminação do foco de incêndio”, informou o paço de São Bernardo, em nota.
Em Santo André o Plano de Contingência Operação Estiagem foi ativado, essa ação estabelece estabelece os procedimentos a serem adotados pelos órgãos envolvidos na prevenção e resposta a emergências e desastres relacionados à falta de chuvas, visando à preservação da vida humana, do patrimônio e do Meio Ambiente, no período que a Umidade Relativa do Ar é menor e as probabilidades de incêndios em áreas verdes e em moradias localizadas no seu entorno aumentam. “Com a implantação do plano, desenvolve-se um conjunto de ações preventivas, de atendimentos emergenciais, assistenciais e recuperativos para preservar a qualidade de vida dos munícipes e restabelecer a normalidade social.
Os objetivos do plano são: Adotar as medidas antecipadas à deflagração de focos de incêndio em coberturas vegetais, bem como às destinadas à promoção e a recuperação da saúde da população, a partir do acompanhamento dos índices de Umidade Relativa do Ar; realizar a sensibilização em relação ao perigo da soltura de balões, queima de resíduos, queima de áreas verdes em terrenos e lotes, pontas de cigarros acesas, economia de água e cuidados com a saúde em relação à umidade relativa; capacitar a comunidade residente nos locais com maior risco de incêndio florestal para a prevenção, abandono e combate a um princípio de incêndio, e que estejam aptas a prestar os primeiros socorros às possíveis vítimas; alertar e comunicar à população e aos órgãos envolvidos, antecipadamente, sobre os eventos diagnosticados e as ações a serem tomadas”, explica a prefeitura.
O paço andreense informou também que a Defesa Civil está de prontidão e que 300 servidores e agentes foram treinados para o combate a incêndios em vegetação. Escolas e redes sociais também são espaços para campanhas. Santo André tem grandes áreas com vegetação como toda á região de Paranapiacaba e Parque Andreense, região do Parque do Pedroso e entorno, Parque do Guaraciaba e entorno, entre outras.
Os técnicos da Defesa Civil de Diadema também estão atualizados com curso para o período de estiagem, realizado pela Defesa Civil do Estado. Apesar cidade não estar na lista, a prefeitura diz que seu pessoal está de sobreaviso. A área do município com maior vegetação é o bairro de Eldorado, nas proximidades da Represa Billings, mas, segundo a prefeitura, não foram registrados incêndios na área.
Ribeirão Pires, que tem grande parte da sua área coberta por vegetação, teve quatro chamados nos últimos dias de moradores que relataram focos de incêndio. A prefeitura informou que acompanhou as situações até o combate e extinção das chamas pelos Bombeiros e diz ainda que a Defesa Civil local está de prontidão. “O município se preparou para época de estiagem realizando a limpeza e a manutenção nas áreas públicas, com relação à vegetação, executando podas e limpezas de terrenos. Além disso, a Defesa Civil fica de prontidão durante as 24 horas e dá prioridade a ocorrências de queimadas devido estiagem. O longo deste período, a Defesa Civil atendeu quatro ligações e solicitações de moradores, que não conseguiram atendimento junto ao Corpo de Bombeiros. As medidas adotadas foram auxiliar a localização dos focos de incêndio, permanecer no local e ter pronto atendimento quando solicitado por munícipes. Os atendimentos foram acompanhados desde o início até o termino da ocorrência de chamas nos locais averiguados”, diz informe da prefeitura.
São Caetano não teve registros de focos de incêndio, mas diz que está de prontidão. Em nota, a cidade cita o monitoramento por 400 câmeras que auxiliam na identificação de emergências. Mesmo sem fogo, houve aumento na procura pelos serviços de saúde. “Houve aumento nos atendimentos a pessoas com problemas respiratórios decorrente do ar seco e maior poluição do ar: de 30% no Pronto Socorro Infantil e 40% no Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin e na UPA Júlio Marcucci Sobrinho”, aponta, em nota, a prefeitura.
Rio Grande da Serra recebeu material de combate a incêndio em vegetação e fez treinamento específico com a Defesa Civil estadual. A prefeitura elenca como área de maior preocupação o Centro, próximo à estação ferroviária. A cidade não informou se identificou focos de fogo na mata.