
As sete cidades da região registraram 14 óbitos no trânsito em julho contra 16 mortes no mesmo mês do ano passado. Os dados divulgados nesta quinta-feira (22/08) pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo) mostram que essa redução quebra um ciclo que três meses consecutivos em que o trânsito matou mais gente do que no ano anterior. Motociclistas e pedestres somados respondem por mais de 60% dos acidentes com mortes na região, repetindo resultados anteriores.
Depois de uma queda importante em março, quando o ABC teve 13 mortos, contra 26 no mesmo mês do ano passado, a região viu os números subirem em patamares superiores a 2023. Em abril foram 18 óbitos contra 14 no ano anterior; em maio também teve alta, foram 24 mortos nas ruas, avenidas e calçadas da região e no mesmo mês do ano passado foram 14 e junho teve 23 mortos contra 21 no no sexto mês de 2023.
A queda de julho em número de acidentes fatais comparado com o mês anterior foi de 39%. Considerando os meses com menor número de mortes no trânsito, julho só não foi melhor que janeiro e março que tiveram 13 mortes cada.
Os motociclistas responderam por 36% dos mortos em julho e os pedestres 25%, o que significa que mais da metade dos mortos no trânsito da região, 61% não estavam dentro de veículos como carros, ônibus e caminhões, eles ou caíram ou bateram as motocicletas onde estavam ou acabaram atropelados.
Recorde
O ABC bateu, em 2023, o recorde de mortos no trânsito dos últimos sete anos, foram 249 mortes no trânsito, o pior resultado desde 2016. Em toda a história dos levantamentos do Infosiga, apenas em 2015 o número foi maior do que o ano passado, com 259 mortos. A média mensal de mortes no ano passado ficou em 20, neste ano está em 17.
No levantamento por cidade, o Infosiga mostra que no geral toda a região teve queda nos índices de morte no trânsito. Exceção feita a Diadema que teve quatro mortes em julho deste ano, o dobro do mesmo período do ano passado, mas melhorou frente a junho, que teve cinco mortes, duas a mais que junho de 2023.
Mauá teve uma morte no trânsito registrada em julho, contra três no mesmo período do ano passado. Em junho foram dois mortos. Ribeirão Pires que não tinha registrado nenhum óbito no trânsito nos meses de maio e junho deste ano, teve um óbito assinalado em julho.
Rio Grande da Serra é a única cidade do ABC que não teve nenhum óbito no trânsito. Em todo o ano passado o município teve uma única morte.
Santo André teve nos meses de junho e julho os menos violentos no trânsito no ano, com três casos fatais em cada, abaixo dos resultados do mesmo período do ano passado, com cinco e quatro casos, respectivamente. Esse período foi bem mais tranquilo que o mês de maio com sete mortes, número bem maior do que os quatro óbitos de maio de 2023.
O mês de julho também foi mais calmo no trânsito de São Bernardo, que porém, registrou cinco mortes, número menor que as seis vítimas fatais de acidentes no mesmo período de 2023. O resultado de julho também é muito melhor do que o de junho o mês mais violento para o trânsito da cidade neste ano com 12 mortos, um a mais que no mesmo período do ano passado. São Caetano não teve nenhuma morte no trânsito em julho, segundo o Infosiga. Em maio e junho a cidade computou uma morte cada.