Dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública) revelam que, somente este ano, foram contabilizados 9,4 mil casos de roubos e furtos de celulares entre as cidades do ABC. Do total de casos, 6,5 mil representam roubos e 2,8 mil furtos, com o maior pico de casos registrados no mês de abril, quando foram contabilizados 1,7 mil boletins de ocorrência, o que representa 19,09% da média, seguido pelos meses de maio (1.687), junho (1.585), janeiro (1.558), março (1.413) e fevereiro (1.372).
O levantamento identifica Santo André na liderança dos casos, com 3.153 ocorrências, sendo 2.249 de roubos e 904 de furtos. Em seguida, entre as cidades que também somam altos números, estão São Bernardo, com 2.852 ocorrências (2.019 roubos e 833 furtos), Diadema, com 1.453 (1.063 roubos e 390 furtos), e Mauá (1.063 roubos e 390 furtos).
Já entre os municípios que tiveram os menores índices, constam na listagem São Caetano, com 481 ocorrências de janeiro a junho, sendo 220 roubos e 261 furtos, Ribeirão Pires com 170 casos (110 roubos e 60 furtos) e Rio Grande da Serra, com 39 registros, dos quais 26 são de roubo e 13 de furto.
Importante destacar que o levantamento considera apenas casos registrados nas delegacias das respectivas cidades.
O Estado de São Paulo registrou 141.553 aparelhos celulares roubados e furtados de janeiro a junho de 2024. Desse modo, a região representa 6,65% dos casos registrados no primeiro semestre.
Prevenção contra furto e roubo
Além de aplicativos como o “Celular Seguro”, ferramentas de bancos oferecem recursos para inibir acessos indesejados e evitar furtos e roubos de aparelhos celulares. Um celular roubado e desbloqueado abre diversas oportunidades para bandidos violarem medidas de segurança ou redefinirem senhas de acesso.
Segundo Juliana Pereira, professora e coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da FSA (Fundação Santo André), existem erros que as pessoas cometem e que facilitam a vida dos criminosos. “O maior erro cometido pelas vítimas é se distrair em lugares públicos e deixar pertences pessoais e de valor à mostra”, comenta. A professora explica que deixar objetos de valor à vista em veículos, não trancar adequadamente portas e janelas e se distrair em lugares públicos, como pontos de ônibus e praças, favorece a prática criminosa.