ABC - sábado , 3 de maio de 2025

Futebol promove longevidade com qualidade de vida para terceira idade

No dia 19 de julho de 1900 foi fundado o time de futebol mais antigo do país em atividade, o Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul. Com o passar dos anos, a data foi registrada como o Dia Nacional do Futebol, e desde a criação de clubes e torneios nacionais, o esporte se tornou a paixão do brasileiro, de todas as idades. Esse amor reflete na prática esportiva no futebol amador de gente que não cogita abandonar as chuteiras. Em entrevista ao RDtv, Milton Bigucci, presidente da Construtora MBigucci, e Rui de Oliveira, médico especialista em Medicina Desportiva, contam como a paixão pelo futebol transforma vidas e traz longevidade para as pessoas.

Dia Nacional do Futebol é comemorado no dia 19 de julho (Foto: Reprodução/RDtv)

Aos 82 anos, Bigucci é exemplo. Joga futebol desde os sete e afirma que o esporte só lhe trouxe benefícios. “A velharia gosta de resmungar e reclamar, geralmente pessoas acima de 60 anos. Sempre fui o inverso, gosto de participar das atividades e o futebol é excelente, pois há tanto dinamismo em uma partida que ajuda o físico e mental”, diz o empresário, que joga duas vezes por semana no Clube Atlético Ypiranga, em São Paulo.

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A prática regular de futebol na terceira idade possui diversos pontos positivos, como a melhoria da saúde cardiovascular, fortalecimento muscular e aumento na coordenação motora. Além disso, promove a interação social, ao estimular o bem-estar emocional. No caso de Bigucci, o benefício é tanto que na sua visão jogar futebol alivia os problemas da vida cotidiana e oferece tranquilidade e bem-estar em meio as situações.

Para Rui de Oliveira, esses benefícios são poucos quando considerados a longo prazo, ao sugerir que a prática esportiva precoce favorece não só a longevidade, mas a qualidade de vida do ser humano. “Não podemos comparar o corpo do Milton com a de uma idoso normal, pois desde criança ele praticou futebol e ele foi condicionado a ter mais resistência por isso. As pessoas sentem dores e culpam o esporte, mas a realidade é que devem procurar um especialista para corrigir determinados casos e praticar o que gostam”, diz.

No consultório, o médico comenta que sempre há procura por idosos que competem em torneios de futebol. Por serem competitivos e desejarem alcançar a alta performance, procuram tratamentos até com ácido hialurônico. Em contato com osso, a substância se torna responsável pela lubrificação e redução dos atritos entre um osso e outro, o que evita dores e lesões.

“Na minha época de criança, jogava na terra com dois chinelos para fazer um gol. As coisas foram evoluindo e hoje já fui chamado para jogar partidas beneficentes em diversos países. O futebol se tornou a minha paixão, pois me trouxe amigos, saúde e longevidade, por isso recomendo a todos que principalmente estiverem na terceira idade a praticar o esporte”, comenta Bigucci, que em 2024 comemora 10 anos do lançamento do seu livro ‘7 Décadas de futebol, sobre as histórias no futebol amador’.

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