Majestade do rock chega em dose dupla ao ABC

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Não é a toa que Elvis Presley é conhecido como o Rei do Rock. Em agosto desde ano vão se completar 35 anos da morte do ídolo, que até hoje inspira shows como o que vai acontecer nesta sexta-feira (1) no Teatro Municipal de Santo André. O espetáculo Elvis in Concert, com Ronnie Packer, está marcado para 21h e os ingressos custam de R$ 25 a R$ 50. O repertório do show contempla os sucessos de 1956 a 1967 da carreira de Presley.

Chegando à redação do RD com óculos estilo Ray-Ban, grandes costeletas e camisa estampada de gola alta, Ronnie Packer dispensa apresentações como cover de Elvis Presley. Há 28 anos o cantor faz tributo ao Rei. Tudo começou por influência direta da mãe, que também era fã do cantor. Apesar de fazer shows por todo Brasil, Ronnie vive em Santo André. “A cidade sempre deu muito valor para a questão artística e cultural, além disso, comecei a carreira aqui”, explica o cover, que também foi influenciado pelo pai, que era músico.

Ronnie não é o único a ‘viver’ a majestade do rock na região. Álvaro Martins Alonso, o Elvinho, se profissionalizou em cover e sósia do Elvis há 10 anos. Ele até tinge o cabelo de negro, assim como o ídolo fazia. “Eu era motorista de caminhão e fazia algumas apresentações. Os shows cresceram e não pude mais trabalhar na empresa”, conta Elvinho, que diz ter costeletas antes mesmo de ser cover. Para ficar ainda mais parecido com o ídolo, investiu em aulas de inglês e canto.

Ambos realizam shows abertos e fechados, ou seja, casamentos, festas de aniversários e feiras. “Sou um entusiasta do setor de carros antigos e faço muitos shows nestas feiras”, conta Elvinho, que sonha em também fazer um show do Teatro Municipal de Santo André, cidade onde nasceu. Já a preferência de Ronnie Packer é por shows abertos em grandes teatros. “Só posso levar minha banda de 12 integrantes em shows grandes. Nada se compara à música ao vivo”, explica Ronnie, que sempre que pode leva a banda Extasis junto com ele.

Elvis é estilo de vida

A frase “Elvis é estilo de vida” é proferida por Packer, que carrega o cabelo comprido natural, alusivo à última fase de Elvis Presley, na década de 1970, além de grandes costeletas. A gola alta e os jumpsuits (macacões) também são desta época do Rei. “Você acaba se acostumando com o cabelo comprido e costeletas, porque é uma maneira de você se sentir bem”, diz. O cover conta que o figurino é artesanal e sua própria montagem. “Tenho um figurino que tem mais de 46 mil pedras”, revela.

O repertório de Ronnie não foca fase da carreira de Elvis. Já Elvinho tem o repertório inspirado na década de 1970 e faz questão de dizer que prioriza a fidelidade. “Quando você inventa, você não é cover. A pessoa paga para ter a sensação de estar vendo o Elvis”, explica Elvinho, que acredita não representar Elvis, mas homenageá-lo. Ronnie está de acordo neste ponto e conta até errar as mesmas letras que Elvis errava às vezes. “Mas a gente sempre fala: é uma homenagem com muito respeito. Porque quem dava show mesmo era o Elvis”, diz.