De janeiro a maio deste ano, o ABC contabilizou o aparecimento de 120 animais peçonhentos, entre escorpiões e aranhas. Principalmente por conta das temperaturas altas, as pragas se proliferam nas residências, o que chama atenção para ações de prevenção. Para se ter ideia, no ano passado foram registradas mais de 150 ocorrências com estes animais.
Dentre as cidades que mais registraram casos em 2024, Mauá lidera com 67 ocorrências (5 de escorpiões e 62 de aranhas), apresentando aumento de 9% em relação a 2023, que registrou 61 casos durante o ano todo, sendo 57 de aranhas e 4 de escorpiões. Para conter este avanço, equipes da Gerência de Zoonoses realizam vistorias nos locais com orientações para prevenção (além de como proceder em caso de acidente) e sobre cuidados necessários para o controle.
Na sequência São Caetano apresenta 25 reclamações referentes ao aparecimento de escorpiões no município, sendo que em 2023 foram 58 registros nos canais oficiais, envolvendo também aranhas. A Prefeitura realiza palestra de conscientização em relação a biologia e prevenção de acidentes com escorpiões e aranhas em escolas, condomínios, empresas e residências.
Santo André registra o terceiro maior número da região, com 28 casos identificados em 2024 (12 escorpiões e 16 aranhas), três casos a menos que 2023, o que totalizou 12 escorpiões e 19 aranhas. Para fortalecer a prevenção, a cidade realiza ações educativas para informar a população sobre as práticas de prevenção e controle necessárias para evitar incidentes. Nos logradouros públicos urbanos, é realizada a desinsetização com inseticida micro encapsulado para controlar a população dessas pragas.
E entre os municípios que apresentam menores índices está São Bernardo, com cinco notificações com escorpiões (em 2023 foram 10) e, ainda, Rio Grande da Serra, com uma ocorrência de aranha em residências, sendo que em 2023 foram dois registros de escorpiões.
Diadema e Ribeirão Pires não responderam ao RD até o fechamento desta reportagem.
Como se prevenir e o que fazer em casos de aparecimento?
A médica veterinária da UVZ (Unidade de Vigilância a Zoonoses) de Diadema, Lívia Aoqui, explica que manter ambientes limpos e livres de alimentos para os escorpiões, como baratas, é fundamental para inibir a presença desses animais. Além disso, examinar roupas, sapatos e tolhas antes de usar, andar sempre calçado e para bebês, manter berços e camas afastados da parede são algumas das outras maneiras de se prevenir.
Ao avistar um escorpião ou aranha, a veterinária orienta guardar em um pote tampado ou colocar um pote virado de boca para baixo para imobilizar o animal. Logo, é interessante entrar em contato com o serviço municipal pelo telefone para a retirada do animal em domicílio. “O grupo de maior risco para complicações e óbito são crianças menores de 10 anos, por isso, a atenção deve ser redobrada”, explica. Em casos de picada, é necessário lavar o local com água e sabão, e logo se direcionar a um posto médico mais próximo.