
Em outubro do ano passado, após uma ação de fiscalização da prefeitura de Diadema, os moradores da Vila Paulina, ficaram mais tranquilos e tiveram de volta as noites de sono, pois a casa de shows clandestina que funcionava na avenida Afrânio Peixoto foi fechada. Já não era a primeira vez que a fiscalização fechava o estabelecimento, porém no sábado (18/05) o local reabriu as portas com música alta das 22h até as 5h da manhã de domingo voltou a abrir até a madrugada de segunda-feira (20/05).
Os moradores do bairro não acreditaram quando o local que é um misto de bar com casa noturna voltou a funcionar. “Quando reabriu estava tudo lá dentro, não tiraram nada, desde o ano passado fechado e agora reabre como se nada tivesse acontecido”, disse um vizinho do estabelecimento que pediu para não ser identificado.
Outro morador que não quer aparecer, conta que tem medo do clima que se instala no lugar. “Presenciamos até briga na rua, gente gritando, pessoas armadas além das motos fazendo zoeira na rua, voltamos ao pesadelo de antes”.
Das outras vezes em que o local foi fechado pela prefeitura, foi por falta de alvará de funcionamento e por desrespeito à Lei Seca, medida que proíbe a venda de bebidas alcoólicas entre as 23h e 6h, exceto para estabelecimentos que tenham autorização especial para isso. “Só tem uma única porta para entrada e saída, se tiver um incêndio lá, morre todo mundo. Trata-se de um galpão com teto de zinco, não tem nada de segurança”, conta a moradora.
Os moradores estimam que na noite de sábado havia pelo menos 50 pessoas no local, onde cabem mais de 100. “O medo é que mais gente saiba que está funcionando e lote no próximo fim de semana”, completa a vizinha do estabelecimento clandestino.
Em julho de 2023 o estabelecimento foi notificado por estar aberto após as 23h, e passou a ser monitorado e o setor responsável pela fiscalização de alvarás também foi informado, segundo informou a prefeitura na época. Em caso de reincidência a multa é de 700 UFDs (Unidades Fiscais do município de Diadema), que equivalem hoje a R$ 3.584,00. Na terceira infração a multa dobra (R$ 7.168,00) e na quarta a prefeitura lacra o local.
Questionada sobre o procedimento a ser adotado com a reabertura do estabelecimento, a prefeitura não respondeu até o fechamento desta matéria.