ABC - segunda-feira , 5 de maio de 2025

Paraísos Artificiais expõe mundo das drogas sintéticas

O filme aborda a relação de três jovens com o sexo e com as drogas, principalmente sintéticas / Foto: Divulgação

A principal estreia desta sexta-feira (4) é um filme nacional dos mesmos produtores do Tropa de Elite I e II, Paraísos Artificiais. O filme aborda a relação de três jovens com o sexo e com as drogas, principalmente sintéticas, num cenário de raves, música eletrônica e colorido psicodélico. Marcos Prado assina o primeiro longa-metragem de ficção e José Padilha a produção. Paraísos Artificiais foi rodado em Amsterdã, Recife e Rio de Janeiro.

Nathalia Dill (Débora, de Avenida Brasil) estreia como protagonista no cinema, a bem-sucedida DJ Érika. Numa festa em Amsterdã, a jovem conhece o desenhista Nando (Luca Bianchi), que se envolve com o tráfico e acaba preso por quatro anos. A terceira jovem é a destemida Lara, melhor amiga de Érika, interpretada por Lívia Bueno. Juntas protagonizam polêmicas cenas de sexo sob o efeito de alucinógenos. Os três vivem experiências sensoriais à base de drogas, que trazem consequências para o resto de suas vidas.

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Drama
O enredo é cheio de flashbacks. Nando e Érika se separam, mas se encontram e desencontram através do tempo. Só que apenas Érika se lembra do verdadeiro motivo pelo qual se afastaram. O longa-metragem mostra ainda três momentos da vida dos dois jovens, que vivem num mundo no qual as drogas sintéticas podem ser atalho para o prazer, mas ao mesmo tempo precisam encarar os dramas familiares e aprender a superar os erros e as perdas. Também ganha destaque o personagem Lipe, vivido por César Cordeiro, irmão mais novo de Nando.

Marcos Prado, que sempre foi habituado ao registro documental da realidade, não fez concessões ao abordar temáticas delicadas, como o consumo de drogas sintéticas e o envolvimento de jovens de classe média no tráfico internacional de entorpecentes. Em busca de argumentos reais para desenvolver a ficção, Marcos entrevistou policiais e traficantes, visitou raves e festivais em diferentes países. A ideia é que o filme não seja moralista, mas sem apologia à droga.

(Colaborou Nathália Blanco)

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