Santo André iniciou campanha de vacinação contra a gripe no dia 25 de março, com objetivo de prevenir a população frente a crescente da doença na região. Ao RDtv, o médico generalista da Prefeitura de Santo André, João Henrique Zaneri Tavares, explica sobre a ação, principalmente a importância da vacina chegar aos idosos e crianças, público mais atingido pela doença.
A campanha visa alcançar públicos que apresentem riscos de contrair a gripe, sendo eles: crianças dos 6 meses aos 6 anos, gestantes, indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, PcD (Pessoa com Deficiência), professores, pessoas em situação de rua e trabalhadores de transporte coletivo. Além disso, a ação foca também em pessoas que tenham comorbidades respiratórias como bronquite, asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).
Tavares explica que a vacina oferecida é trivalente, ou seja, previne doenças como a H1N1, a H3N3 e a Influenza tipo 1. “Essa vacina tem a capacidade de imunizar o paciente em até 12 meses, sendo importante fazer um reforço anual para reforçar a proteção”, diz. Exceto por crianças de até 8 anos, que devem tomar duas doses, os outros públicos necessitam apenas de uma dose. Ele explica que sensibilidade, febre e mal estar podem surgir com efeitos colaterais da vacina, que duram entre 6h a 12h.
Com a chegada do outono, que iniciou no dia 20 de março, surge a preocupação sobre a potencialidade que a gripe tem de crescer com a mudança da estação. “No caso do outono, a temperatura fica mais fria, o que por si só favorece a proliferação de doenças. Além disso, o frio tende a juntar as pessoas em locais fechados, cenário ideal para um vírus se espalhar entre mais pessoas”, explica o médico.
Nessa situação, idosos e crianças são os perfis que devem ter maior cautela ao frequentar determinados lugares a fim de aderir a doença. Isso porque, assim como explica Tavares, o idoso já passou por muitas comorbidades que podem descompensar o seu sistema imunológico. Já no caso de crianças, o fato da imunidade estar em formação, se torna um fator crucial para contaminação.
Existe a confusão entre resfriado e gripe, por terem sintomas similares. Mesmo que a gripe seja uma evolução do resfriado, e apresente sintomas característicos como febre constante, dor de cabeça, tosse, falta de ar e dor no peito, Tavares recomenda fortemente a avaliação médica em ambos os casos. “Há pessoas que optam pela automedicação. Na realidade, independente do caso, recomendo que procure o posto de saúde mais próximo em caso de sintomas para evitar complicações futuras”, diz.