Comunicado do Copom mostra que BC está atento a conjunto de incertezas, avalia Fazenda

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou nesta quinta-feira, 21, que a decisão divulgada na quarta-feira, 20, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central revela que a autoridade monetária, assim como o Ministério da Fazenda, está atenta ao conjunto de incertezas que existe nas economias internacionais, envolvendo aspectos geopolíticos e climáticos. Ele disse que não cabe a ele ou aos integrantes do Ministério da Fazenda fazer críticas ou elogios às decisões do Copom, mas reforçou que os dados macroeconômicos revelam um cenário benigno para o Brasil.

“Aparentemente, os dados que temos disponíveis tanto de inflação e as projeções que temos de inflação, quanto às projeções que o próprio mercado tem, mostram um cenário benigno, mostram um cenário de inflação que fechou em 2,6%, tende a se aproximar de 3,5%. O próprio modelo do Banco Central mostra isso, mostra uma convergência para a meta”, afirmou Mello.

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Apesar da sinalização dada na quarta pelo Copom, o secretário disse acreditar em um “pouso suave” das economias centrais e emergentes, com desaceleração no nível das atividades e, consequentemente, flexibilização da política monetária. “Não vejo alteração do nosso cenário base nem com decisão do Copom, nem com indicadores domésticos”, avaliou.

Mello reforçou que é compatível trazer a taxa básica de juros para baixo e, ainda assim, manter a inflação sob controle.

Na quarta, pela sexta vez seguida, o Copom reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual. Os juros básicos da economia caíram de 11,25% para 10,75% ao ano, em decisão unânime dos nove membros do colegiado.

O Copom também resolveu alterar a sinalização para os próximos passos de afrouxamento monetário, após uma queda acumulada de 3 pontos porcentuais da Selic desde agosto. No comunicado desta quarta, o BC se comprometeu com apenas mais um corte de 0,50 ponto porcentual. A próxima reunião está marcada para maio, quando o juro deve cair para 10,25%.

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