
De janeiro até agora, cinco cidades do ABC contabilizaram juntas 1.485 casos de dengue, índice 1667% maior do que o registrado no mesmo período de 2023, quando 84 casos foram confirmados. Somente Mauá e Rio Grande da Serra não informaram os números ante 2023.
Santo André encabeça a lista com 453 vítimas da doença, sendo 318 casos autóctones (contraídos no município), 124 importados. Outros 11 estão sob investigação. No mesmo período do ano passado, foram 43 casos confirmados (26 autóctones e 17 importados), variação de 953%.
Para driblar a situação, mais de 14.300 imóveis estão sob monitoramento da Prefeitura, 712 bloqueios foram feitos e 380 amostras de larvas foram coletadas. As ações em bairros com maior incidência de casos também foram intensificadas, com atividades todos os dias.
Mauá aparece em segundo lugar na listagem, com 364 casos confirmados, sendo 159 autóctones. Neste ano, o município já realizou 22.838 visitas em domicílios, 15.857 exitosas e 6.981 recusas e/ou casas fechadas. Segundo a Prefeitura, os trabalhos estão intensificados no Jardim Kennedy, região em que há mais procura de moradores com sintomas da dengue.
Já São Caetano registrou 249 casos este ano, 231 autóctones e 18 importados. Até fevereiro de 2023, a cidade contabilizou nove casos, sendo um caso autóctone e oito casos importados. Também para driblar o problema, a Prefeitura realizou 2.546 visitas e outros 23 imóveis foram vistoriados por meio de denúncias/criadouros recebidas via e-mail.
Na quarta colocação da listagem está São Bernardo, que chegou a 222 casos confirmados (106 autóctones e 116 importados). No mesmo período no ano passado, foram registrados nove casos importados e dois autóctones. Nenhum paciente, no momento, está internado para tratamento da doença e nenhum óbito foi registrado. Além das atividades preconizadas, agentes estão nas ruas com ações casa a casa e nebulização nos bairros mais atingidos com casos autóctones, que são Centro, Alvarenga, Taboão e União.
Já em Diadema foram contabilizados 58 casos de dengue (17 autóctones e seis importados), enquanto nos dois primeiros meses de 2023, foram registrados 18 casos de dengue. Somente este ano, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) realizou 13.179 vistorias, já no mesmo período do ano passado, foram 8.408 vistorias.
Ribeirão Pires fecha a lista com 33 casos de dengue confirmados, do total, 16 são autóctones e 17 importados. No mesmo período de 2023, foram quatro casos importados e um autóctone. Ao todo, já foram mais de 2 mil visitas casa a casa realizadas pelo Centro de Controle de Zoonoses.
Recomendações
Moradores de casas e apartamentos devem cobrir tonéis e caixas d’água, manter calhas limpas, garrafas com a boca para baixo, lixeiras tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela, além de lavar semanalmente pratos de vasos de plantas ou eliminá-los. Higienizar os potes de água para animais e as bandejas de geladeiras que causam acúmulo de água parada também é orientação.
Sintomas
Entre os principais sintomas da dengue estão febre alta, dor no corpo, dores de cabeça e atrás dos olhos, além de erupções na pele. Já para casos de chikungunya, além da febre, a pessoa pode sentir fortes dores nas articulações e, em casos de Zika, os sintomas são febre baixa, manchas no corpo e mal-estar.
Ao notar qualquer sinal destas enfermidades, procure o médico.