São Caetano é uma das 3 cidades do país onde a maioria vive em apartamentos

São Caetano é a terceira cidade do país em número de moradores de apartamentos. (Foto: Divulgação / PMSCS)

Com 32.578 pessoas morando em apartamentos, ou 52,55% do total de habitantes, São Caetano é uma das três cidades do país que tem mais gente vivendo em apartamentos do que em casas. A distribuição de moradores quanto ao tipo de domicílio de São Caetano só tem semelhança com as cidades de Santos, com 63,4% de pessoas vivendo em apartamentos e Balneário Camboriú (SC) que tem 57,2% de seus moradores neste tipo de habitação. Os dados são do Censo Demográfico 2022 – Características dos Domicílios, e foram divulgados nesta sexta-feira (23/02) no Teatro Clara Nunes, em Diadema, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento do IBGE mostra que essas três cidades são exceções. O Brasil tem 82,32% da população vivendo em casas. No Estado de São Paulo, apesar se ser onde se concentra a maioria dos moradores de apartamentos, quem vive em casa ainda é a grande maioria; 77,28%.
Segundo Bruno Mandeli, técnico da diretoria de pesquisa do IBGE, a verticalização das moradias foi verificada em todas as seis regiões do país, com maior ênfase à região Sudeste que já tinha 11% da população vivendo em apartamentos no censo de 2000, passou para 11,9% em 2010 e agora tem 16,7% de seus moradores vivendo em apartamentos.

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Para o gestor do curso de Arquitetura e Urbanismo da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Enio Moro Júnior, a verticalização não é exatamente uma vilã nas cidades, mas a implantação de novos condomínios deve ser planejada para que as cidades adequem o planejamento e o aparelhamento urbano, como investimentos nos sistemas de água e esgoto, coleta de lixo, vagas em creches, escolas e hospitais, transporte público, entre outras ações. “O Estatuto das Cidades tem mecanismos que permitem que as cidades cobrem, a título de outorga, compensações para minimizar os impactos. Em nenhum lugar do mundo um prédio passa sem pagar uma outorga”, diz.

Estudo feito pela empresa de administração de condomínios, Lello, revelou que só no ABC serão entregues este ano 57 novos prédios de apartamentos que terão 10,4 mil apartamentos.

O presidente do IBGE, Márcio Pochmann e o presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, José de Filippi Júnior, assinaram acordo de cooperação durante evento de divulgação dos dados sobre os domicílios no país. (Foto: Reprodução)

Participaram do evento de divulgação dos números censo em Diadema, o prefeito da cidade e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, José de Filippi Júnior (PT), o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, o deputado federal Eduardo Suplicy (PT), a vice-prefeita Patty Ferreira (PT), vereadores e secretários municipais. Durante a solenidade foi assinado um termo de cooperação entre o Consórcio e o IBGE visando cooperação em áreas de mútuo interesse.

Filippi disse que o censo vai permitir que a prefeitura faça um trabalho mais minucioso nos núcleos habitacionais. “Para fazer políticas púbicas tem que conhecer a realidade, por isso é tão importante o censo aconteça de dez em dez anos. Agora vamos fazer um trabalho minucioso nos núcleos”, disse. Patty destacou que a pesquisa de domicílios é um passo importante para ações que visem a melhoria dos índices sociais. “Esses dados são importantes para a redução da desigualdade e servem para que as políticas públicas alcancem toda a população”.

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