Vereadores trocam farpas após denúncia contra líder da Câmara de Mauá

Admir, Simões e Corrêa trocaram farpas por suposto uso eleitoral de denúncia contra o presidente da Câmara de Mauá (Foto: Reprodução)

A sessão ordinária da Câmara de Mauá que correu nesta terça-feira (20/02) foi marcada por uma troca de farpas entre o presidente da Câmara, Geovane Corrêa (PT), e os vereadores Anderson Simões, o Sargento Simões (PL), e Admir Jacomussi (PRD). A causa foi a denúncia feita por Simões contra Corrêa por um suposto envolvimento do petista em um caso de pedofilia e o uso do tema por parte do deputado estadual Atila Jacomussi (Solidariedade) pelas redes sociais.

A discussão começou no momento do debate sobre os projetos da Ordem do Dia. As proposituras dos vereadores foram deixadas de lado por mais de 40 minutos. Simões foi quem iniciou o debate. Autor da denúncia ao Ministério Público e que virou inquérito policial nesta terça, o oposicionista afirmou que só levou o caso para o Judiciário após a apresentação de provas, que também envolvem uma suposta extorsão.

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Simões usou seu tempo para criticar Atila Jacomussi, que segundo sua avaliação, busca se aproveitar de sua denúncia com objetivo eleitoral. “Eu só denunciei quando tinha as provas, viu Atila. Diferente de você que vende fumaça e conta fumaça pro povo, que engana o povo, que foi preso duas vezes com a questão da merenda das crianças, dos desvios que você fez (sic)”, disse o vereador.

Na sequência, Geovane usou a palavra. Negou que tenha participado de qualquer ato de pedofilia. O petista afirmou que o caso já tinha aparecido em 2021. Segundo o presidente da Câmara, a acusação foi feita contra diversos vereadores e o denunciante à época teria tentado extorquir dinheiro para não levar o caso para a população. Segundo Corrêa, seu celular foi hackeado e fotos que serviram de provas foram plantadas. Um boletim de ocorrência foi feito contra aquele que supostamente teria acusado o atual presidente da Câmara de Mauá.

“Eu confesso que essa questão dele ter enviado ao Ministério Público, e hoje ter instalado o inquérito, eu me sinto muito tranquilo, muito tranquilo mesmo, consciência limpa, peito aberto, coração tranquilo, porque jamais vai aparecer, dentro dessas denúncias difamatórias eleitorais, esse tipo de crime no qual foi mencionado (sic)”, iniciou líder do Legislativo.

Para Corrêa, a denúncia só foi feita para prejudicar eleitoralmente o prefeito Marcelo Oliveira (PT). Ao dizer sobre essa situação, o vereador criticou Atila. “Se tem alguém que mexeu com criança nessa cidade é o ex-prefeito que foi preso duas vezes por ter dinheiro na panela de pressão”.

Após diversas tentativas de pedir a palavra, Admir Jacomussi criticou o uso da Ordem do Dia para debates que não são de projetos e negou que Atila tenha feito qualquer denúncia, mas que o ex-prefeito teria apenas pedido as provas sobre o suposto crime. Depois rebateu as críticas sobre as duas vezes que seu filho foi preso, em 2018 e 2019.

“Se ele foi preso, o Lula também foi preso e hoje ele é o nosso presidente da República, e eu respeito ele como presidente. A maioria do seu partido (falando para Geovane) foi preso, mas eu também respeito. Isso acontece, mas não foi provado nada até hoje, tanto que ele foi o deputado mais votado dessa cidade e vai ser novamente prefeito de Mauá (sic)”, concluiu.

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