A primeira assembleia de prefeitos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC que estava marcada para está quarta-feira (31/01) foi adiada. Assim, a reunião que oficializará o nome do prefeito de Diadema, José de Filippi Jr. (PT), como o novo presidente da entidade será marcada para a próxima semana. Apesar dessa situação, o secretário executivo do Consórcio, Mário Reali, conta com a lista de assuntos que a região debaterá neste ano, entre eles, a privatização da Sabesp, o futuro da indústria e as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O primeiro encontro de 2024 entre os prefeitos não foi realizado, pois Filippi teve que realizar exames de rotina. Houve a tentativa de ainda realizar em outro horário, mas a passagem do petista pelo médico acabou impedindo qualquer possibilidade. Assim, o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), segue no cargo pelo menos até a próxima semana, quando há uma expectativa para uma nova data para a assembleia.
Mesmo sem retornar ao comando da entidade (Filippi foi presidente do Consórcio em 2003), o chefe do Executivo de Diadema já adiantou alguns pontos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na semana passada. Inclusive, a entidade se fará presente na visita que o chefe da Nação fará à São Bernardo na próxima sexta-feira (02/02), na fábrica da Volkswagen.
“Acho que essa coisa de assumir o Consórcio, ele (Filippi) queria ter essa conversa para ver essa preocupação (pautas). Para assumir isso tem que ter esse diálogo. A Agência (de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC) tem feito muito esse diálogo (com o Governo Federal) no ponto de vista do diálogo da economia. Agora faremos esse diálogo com essa parceria dos prefeitos com a sociedade toda”, explica Reali.
Pautas
Apesar de não ter o novo presidente oficialmente, a entidade já sabe da lista de assuntos que terá que abordar ao longo do ano. Um dos primeiros assuntos é o processo de privatização da Sabesp. Como cada cidade conta com um contrato individual com a Companhia Estadual de Saneamento, a mudança de regime da empresa pública precisa passar pelo crivo dos legislativos municipais.
Na região, seis cidades contam com os serviços da Sabesp (a exceção é São Caetano). Mesmo com a pressão do Governo do Estado para tudo seja aprovado rapidamente, Mário Reali considera que todos vão esperar o caminho escolhido pela Câmara de São Paulo. Os vereadores da Capital chegaram a montar uma comissão especial sobre o assunto. Nos bastidores acredita-se que se a cidade de São Paulo não autorizar, o plano de desestatização não seguirá.
Outro tema é o PAC. Alguns projetos da região precisam ser revisados para que ocorra a aprovação do Governo Federal. Tal assunto também será debatido no ambiente do Consórcio ABC. A entidade regional também quer ampliar a sua participação no debate sobre o futuro da indústria, principalmente levando em conta a produção de veículos menos poluentes. Mesmo que muitos apontem a eletrificação como caminho, já há o debate para que os veículos usem modelos a base de Etanol ou mesmo híbridos.