
Com a proximidade do fim do ano, os trabalhadores esperam a chegada do 13º salário. Entretanto, muita gente ainda não consegue utilizar o dinheiro de forma consciente e planejada. O professor Ricardo Balistiero, economista e coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), em São Caetano, diz que um bom planejamento é peça-chave de uma vida financeira mais saudável, e com o 13º salário o pensamento não deve ser diferente.
Segundo Balistiero, a entrada do salário adicional, principalmente a primeira parcela, deve ser prioritariamente canalizada para pagamento das dívidas já existentes. Isso porque a taxa de juros no Brasil ainda continua muito elevada, como aquela cobrada no cartão de crédito, cheque especial, ou mesmo de linhas de crédito. “Por isso, quem tem dívidas nessas áreas, recomendo utilizar uma parte do 13º para quitação desses compromissos, antes que saia do controle”, explica.
O planejamento financeiro deve também priorizar os meses seguintes. Em janeiro, por exemplo, há despesas sazonais, como o pagamento de IPTU, IPVA, e, para quem tem filhos em idade escolar, matrícula e material. Portanto, outra parte do 13º salário deve ser direcionado para essas ocasiões.
Claro que também é possível aproveitar parte do dinheiro extra para desfrutar de uma viagem, uma compra para satisfazer o desejo pessoal ou presentear alguém próximo. “Mas, cuidado para não ser seduzido pelas propagandas que estimulam o consumo, principalmente nesse período. Faça um consumo consciente, e compre aquilo que realmente precisa, lembre que no começo do ano tem as contas fixas e, se possível, guarde um pouco para estimular a construção de um fundo de emergência para os meses seguintes”, completa.