Um material plástico pode levar até 400 anos para se decompor na natureza. Algo tão durável pode ser reciclado por diversas vezes. Mas no Brasil a estimativa é que 25% dos materiais plásticos que chegam ao consumidor são destinados para a reciclagem. Em entrevista ao RDtv a diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul, Fabiana Quiroga, apontou a necessidade de uma série de investimentos para melhorar este número e está cultura, entre eles, o investimento em tecnologia e inovação.
Fabiana aponta a necessidade de toda uma infraestrutura para que esses materiais possam retornar para origem e possam reciclados e transformados em novos produtos. O primeiro passo está com o Poder Público. Os municípios, na sua visão, precisam investir em ações de ensino ambiental, coleta e infraestrutura para a separação desses materiais, para conseguir uma reciclagem mais mecânica.
“A parte de tecnologia e inovação será extremamente importante. Então, novas tecnologias para que possamos recuperar mais e transformar esse resíduo em nova matéria-prima é o outro caminho necessário para que possamos alavancar a recuperação dos resíduos”, aponta a especialista que relata a necessidade de investimento também em reciclagem química, que é considerada como “complementar” neste processo.
A própria Braskem busca exercer uma espécie de função de mudança de cultura para que o País possa alcançar um percentual maior de reciclagem de materiais plásticos. A empresa aumentou o seu papel de conscientização levando para diversos festivais de música um totem para que as garrafas ou copos plásticos possam ter uma destinação correta.

O investimento em comunicação também cresceu neste ano, inclusive com um espaço no Big Brother Brasil, assim utilizando o dia a dia dos participantes para alertar sobre a importância da reciclagem dos materiais e a forma de fazer essa reciclagem.
Além da reutilização deste material, a reciclagem do plástico ajuda reduzir a quantidade de resíduos que vão parar em aterros sanitários ou em outros locais da natureza. A estimativa da ONU (Organização das Nações Unidas) é que caso não ocorra um processo de reciclagem para os materiais plásticos, os aterros não vão suportar a quantidade de resíduos e por consequência esse material vai parar no mar.
O mesmo estudo aponta que 8 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos. Se a média for mantida, até 2050 haverá mais plástico do que peixes no mar.