
São Caetano divulgou terça-feira (19/9) a abertura das inscrições para os interessados no casamento comunitário, que acontece no dia 2 de dezembro. A ação volta a ser realizada pelo município após a oficialização da Lei do Casamento Comunitário na Câmara. Entre as sete cidades na região, é a única a oferecer no momento o benefício social.
A ação em São Caetano atinge diretamente pessoas de baixa renda que desejam oficializar a união, no entanto não arca com o custo do cartório. Para realizar a inscrição e iniciar o processo matrimonial, os interessados devem ir pessoalmente no CRAS Nova Gerty (rua Marlene, 452, Nova Gerty), no CRAS Fundação (rua Heloísa Pamplona, 316, Fundação) ou no Fundo Social de Solidariedade (rua Antônio Bento, 140, Santa Paula).
Atualmente, quem quer se se casar no civil precisa tem de desembolsar mais de R$ 500 com despesas de cartório. Os estabelecimentos não oferecem descontos e nem gratuidade para pessoas com baixa renda.
Em Ribeirão Pires, o serviço de gratuidade para casamentos, mas mediante comprovação de requisitos relacionados à renda, é oferecido pelo Cartório de Registro Civil local.
Micro-rituais
Mas mesmo com dificuldades financeiras, muita gente não quer abdicar da oficialização matrimonial. Paula Britto Agliardi, professora de Sociologia da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, afirma que a partir do momento que se vê os casais vibrarem com “micro-rituais”, compreendemos a emoção que sentem, algo extraordinário. “Por isso que as pessoas, quando passam por isso ao longo de suas vidas, querem sentir e acreditam que precisam sentir a emoção de se casar”, diz.
Paula comenta que as questões familiares são grandes influentes na decisão do casal para saberem se vão ou não casar. “O apego aos rituais determinam os modelos que você vai seguir”, conta a professora, em relação ao que acontece nas famílias na maioria das vezes.
Para a socióloga, a ação do matrimônio é visto como algo bom para a sociedade. “O envolvimento da comunhão de corpos e valores, dando um sentido extraordinário para algo, é necessariamente bom para a população”, comenta.