
Promovida pela Secretaria do Estado da Saúde (SES) em parceria com os municípios, a Semana Estadual de Enfrentamento ao Escorpionismo visa conscientizar a população de como se comportar na presença do aracnídeo, o que fazer, riscos e prevenção. No ABC, até o momento, foram constatadas 71 aparições de escorpiões na região, 16 casos a menos que em 2022.
Em nota, São Caetano informa que entre janeiro e junho desse ano foram realizados 54 avistamentos de escorpiões na cidade. Já no mesmo período de 2022, foram 48 casos. Em Rio Grande da Serra foram três denúncias de casos, com dois acidentes em razão do aracnídeo.
Em Diadema, até o momento, foram entregues 12 amostras de escorpiões. No mesmo período do ano passado, foram seis amostras. Já Mauá registrou duas aparições este ano e uma no ano passado. Ribeirão Pires, por sua vez, informa que o município não conta com clima propício para propagação de escorpião.
Como evitar acidentes
O escorpião se alimenta de baratas, por isso, é importante manter os ambientes limpos e livres de inservíveis. “A principal mensagem da ação estadual é como evitar acidentes. A prevenção é similar à da dengue, como não juntar objetos em casa, ter quintais e terrenos limpos, sem acúmulo de sujeira ou entulho”, explica a médica veterinária da UVZ (Unidade de Vigilância a Zoonoses) de Diadema, Lívia Aoqui.
Outras medidas importantes são: manter berços e camas afastados da parede, examinar roupas, sapatos e tolhas antes de usar; andar sempre calçado e proteger as mãos com luvas quando trabalhar na terra ou manipular entulhos e outros materiais. A vedação de ralos de chão e pia, eliminação de frestas de paredes, pisos e tetos e proteção das soleiras de portas ainda completam as ações para afastar o escorpião.
O que fazer
Ao se deparar com um escorpião, Aoqui orienta que, se possível, seja guardado em um pote tampado ou coloque um pote virado de boca para baixo, para imobilizar o animal e, em seguida, informe imediatamente o serviço municipal pelo telefone ou ligue para a retirada do animal em domicílio. No ABC, os centros de controle de zoonoses (CCZ) disponibilizam esse tipo de serviço, gratuitamente, para seus munícipes. O animal também pode ser levado à UBS, com cuidado para não escapar, e lá será feita a notificação de captura do escorpião.
Entretanto, se a pessoa for picada é importante lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e levar para atendimento médico imediatamente. “O grupo de maior risco para complicações e óbito são crianças menores de 10 anos, por isso, a atenção deve ser redobrada”, ressalta a veterinária.
As prefeituras de São Bernardo e Santo André não responderam até o fechamento da reportagem.
CCZs no ABC
Unidade de Vigilância a Zoonoses (UVZ) de Diadema
Endereço: rua Ipoá, 131 – Inamar
Telefone: 0800 77 10 963
Departamento de Controle de Zoonoses de Mauá
Endereço: rua das Camélias, 248 – Sertãozinho
Telefone: 4544-1240
Centro De Controle De Zoonoses de Ribeirão Pires
Endereço: rua Catarina Rios Giachelo, 185 – centro
Telefone: 4824-3748
Centro de Zoonoses de Rio Grande da Serra
Endereço: avenida Dr. Rui Trindade, 177 – parque Rio Grande
Telefone: 2770-0205
Centro de Zoonoses de São Bernardo
Endereço: avenida Dr. Rudge Ramos, 1740 – Rudge Ramos
Telefone: 4365-3349
Centro de Zoonoses de São Caetano
Endereço: rua Justino Paixão, 141 – Mauá
Telefone: 4231-3938
Gerencia de Controle de Zoonoses de Santo André
Endereço: rua Igarapava, 239 – Vila Valparaiso
Telefone: 3356-9075