
Diadema e Ribeirão Pires apresentaram alta de 28,9% nos casos de dengue registrados no primeiro semestre de 2022 para 2023. De acordo com as prefeituras, as notificações subiram de 152 para 196 casos, o que tem preocupado o poder público.
Para se ter ideia, foram contabilizados 141 casos de dengue no primeiro semestre de 2022 em Diadema, já este ano o número subiu para 178 casos, variação de 26,2% no período. Já Ribeirão Pires, que havia contabilizado 11 casos no ano passado, este ano registrou 18 pessoas com dengue entre os primeiros seis meses do ano, o que significa alta de 63,6% no índice.
O primeiro município informa que do total de confirmações este ano, 166 são casos autóctones (contraídos no município), enquanto os demais 12 casos são importados (contraídos em outra cidade). Em Ribeirão Pires foram quatro autóctones e outros 14 importados.
O boletim epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde este ano confirmou que nos primeiros cinco meses do ano, pelo menos 503 pessoas morreram em razão da dengue. O número representa quase que a metade do total de mortes pela doença no ano passado, quando houve um pico de casos de covid-19.
São Bernardo recua em 52,4%
Na contramão das duas cidades, São Bernardo recuou no índice de casos de dengue na cidade. Segundo a Prefeitura, foram contabilizados 69 casos da doença nos primeiros seis meses do ano, sendo que 26 autóctones e outros 43 importados. Apesar dos números serem expressivos, estão 52,4% menores do que o índice registrado no mesmo período do ano passado, quando 145 pessoas foram infectadas (93 autóctones e 52 importados).
Prevenção
As prefeituras seguem com ações permanentes de combate e prevenção à dengue e as demais arboviroses pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Mutirões para eliminar os possíveis criadouros e ampliar a conscientização da população quanto às medidas preventivas também são feitos em regiões mais propícias ao mosquito.
Apelo à população
Para que o combate à dengue seja efetivo, é fundamental que cada cidadão faça a sua parte. É importante eliminar qualquer objeto ou local que possa acumular água parada em suas casas ou nos arredores, evitando a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor. O uso de repelentes e roupas que cubram a maior parte do corpo também é recomendado, principalmente durante os períodos de maior atividade do mosquito, ao amanhecer e ao entardecer.
Questionadas, as prefeituras de Santo André, Mauá, São Caetano e Rio Grande da Serra não se manifestaram até o fechamento da reportagem.