
A 30ª edição Eureka acontece de 20 a 22 de outubro. Promovido pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), o evento é também bastante apreciado pela mídia porque a cada ano apresenta Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) que vão ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A professora Alessandra Dutra Coelho – atual coordenadora da Eureka – lembra que a exposição, sempre aberta ao público e com entrada franca, no campus do IMT, em São Caetano do Sul, é sucesso porque consegue fomentar a conexão e o conhecimento entre os estudantes das áreas de Administração, Engenharias, Design, Ciência da Computação e Sistemas de Informação.
“O alinhamento dos TCCs com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável torna os trabalhos mais relevantes para a comunidade acadêmica e para a sociedade de um modo geral. A exposição desses trabalhos na Eureka cria um ambiente de criatividade e inovação para todos. Para comemorar essas 30 edições, neste ano queremos destacar o caminho de evolução que a Mauá tem percorrido junto com seus estudantes em prol de toda comunidade”, reforça.
O evento também visa proporcionar aos visitantes um cenário de inovação, criatividade e muita tecnologia, além conectar o meio acadêmico ao empresarial, colocando o aluno em evidência para os profissionais do mercado.
“A constatação do alinhamento existente entre os resultados apresentados na Eureka e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estipulados pela Organização das Nações Unidas atesta que chegamos à 30.ª edição com a certeza de que estamos trilhando o caminho correto ao estimular a integração de diferentes áreas do conhecimento na busca de soluções para os grandes desafios da humanidade”, ressalta o professor José Carlos de Souza Junior, reitor do Centro Universitário do IMT.
Projetos de sucesso
Ao longo desses anos, aproximadamente 5 mil projetos foram apresentados para resolver problemas complexos de Engenharia, Meio Ambiente, Mobilidade, Saúde, Bem-Estar e Negócios, tais como:
*Concentrador solar para aquecimento de água: o projeto tem como objetivo utilizar a luz solar para o aquecimento de água, evitando o consumo de energia elétrica.
*Forno elétrico por energia solar: o forno elétrico por energia solar é de baixo consumo. Graças a um sistema eletrônico microcontrolado o equipamento otimiza o uso da energia e ganha versatilidade.
*Cadeira motorizada (todo terreno): com o seu sistema de tração por esteiras e suspensão independente, possui capacidade de trafegar em terrenos irregulares de grama, terra, areia, lama, com valetas e buracos, subir escadas e obstáculos.
*Cadeira de rodas para cães com deficiência locomotora: a cadeira foi projetada após ouvir as principais queixas junto aos tutores de cães com deficiência locomotora em membros pélvicos. O projeto é feito com material mais resistente, tanto a impactos ocasionados pelo cão quanto às variações climáticas. Deste modo, diferentemente da grande maioria das cadeiras disponíveis no mercado feitas de alumínio, os alunos optaram por filamentos em 3D PETG.
*Embalagem inteligente para transporte de órgãos: criado pelos alunos de engenharia de produção, a embalagem especial para o deslocamento de órgãos para transplante garante a conservação do material e integridade durante o trajeto. A caixa inteligente também gera e transmite dados de localização para rastrear, monitorar, controlar e apoiar decisões das equipes médicas. As embalagens usadas hoje podem cair ou abrir, pois não possuem vedação e alças adequadas. Além disso, a refrigeração é feita com gelo, o que pode congelar e inutilizar o órgão.
*Fábrica de embalagem com base de fibra de coco para substituir o plástico: a fibra de coco é reconhecidamente uma importante matéria-prima utilizada em diversos nichos da indústria, como na produção de colchões, escovas, vassouras, vasos de jardinagem e no automobilismo.
*Proteína do leite para a fabricação de plástico sintético: pesquisas buscam cada vez mais alternativas para reaproveitar resíduos de alimentos para transformá-los em outras matérias-primas, como o caso da proteína do leite, por exemplo, que pode ser utilizada para a fabricação de plástico sintético. A proteína do leite pode ser inserida no mercado por meio de diversas aplicações, como pentes, escovas, brinquedos, peças de computador, cabo de guarda-chuva, cabo de faca, tampas, óculos, botões e porta-lápis.
*Talheres descartáveis com base em biopolímero da semente de abacate: bilhões de garfos, facas e colheres de plástico são descartados inadequadamente todos os anos, poluindo o meio ambiente. Esse material é feito de polipropileno e poliestireno, substâncias não biodegradáveis, que, por isso, demoram séculos para se decompor na natureza.