O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que voltou a ser mandatário do Brasil para, em primeiro lugar, reconstruir o País e gerar empregos. Lula fez um breve relato de seus mandatos anteriores, lembrou que tirou 36 milhões pessoas da linha abaixo da pobreza, colocou 40 milhões na classe média e gerou milhões de empregos num período em que a Europa desempregou milhões em discurso durante a posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC neste domingo (23/7), em São Bernardo. “Voltei a ser presidente porque precisamos reconstruir o Brasil e a gerar empregos”, reforçou.
A segunda razão pela qual voltou a ser presidente da República, segundo Lula, foi para recuperar a massa salarial dos trabalhadores. De acordo com o presidente, o povo quer trabalhar direito, tirar férias e viajar de avião. Lula não fez menção direta ao programa “Voa Brasil”, mas sua fala não deixou de ser um afago ao ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), que o acompanhou neste domingo a São Bernardo.
França, que está à frente do “Voa Brasil”, programa que se propõe a vender passagens aéreas ao custo de R$ 200 para a população com renda até R$ 6,8 mil e que não tenha viajado nos últimos 12 meses a partir da venda, tem visto sua pasta ser desejada partidos do Centrão e que têm pressionado o governo para trocar o ministro.
O presidente Lula, ainda no contexto de que o governo pretende conferir maior poder de compra aos mais pobres, disse que as pessoas já percebem os preços da comida caírem nos supermercados. “O preço da comida já está caindo e o povo vai poder comprar mais”, disse.
Lula lembrou ainda da anulação do decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que liberava a compra e o porte de armas de fogo. Disse que “esse negocio de liberar armas é favorecer os traficantes”. Ao encerrar sua fala no evento, Lula fez uma espécie de alerta à militância e simpatizantes para não se acomodarem, já que “nós vencemos o Bolsonaro, mas ainda não vencemos o bolsonarismo.”