A Prefeitura de Mauá, a partir da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, iniciou dois debates sobre a criação de duas APLs (Arranjos Produtivos Locais). Uma voltada para a área de Cosméticos e outra para a Defesa. Em entrevista ao RDtv, o secretário Edilson de Paula detalhou os passos já realizados para cada setor e as expectativas por parte do Governo Municipal sobre os dois temas.
Inspirada pelo Polo de Cosméticos de Diadema, Mauá quer unir todos os empreendedores deste setor para que possam se unir e cooperar com o seu desenvolvimento. O primeiro passo está no incentivo a legalização das empresas, algo que já foi alvo de diagnóstico realizado junto ao Sebrae.
“Ele é um seguimento que não tem uma grande indústria, uma empresa de grande porte. São pequenas e médias empesas que são criadas nas residências das pessoas, para a fabricação de algum tipo de cosmético ou algum outro tipo de produto. A ideia da Prefeitura é facilitar que essas empresas venham para a legalidade. Tudo que está ao alcance do Município vamos dar o suporte”, explicou o secretário.
Com a legalização das empresas, os próximos passos que serão dados vão seguir o caminho já realizado por Diadema, ou seja, fortalecer as empresas com apoio em ações de divulgação e participação em feiras e outros eventos.

Outro ponto debatido é a APL da Defesa. Nós temos hoje, no Brasil, um consumo muito grande de equipamentos que são oferecidos para o Exército, a Aeronáutica e a Marinha. E grande parte desta produção não é feita no Brasil. De 2014 para cá esse seguimento mais importa do exporta”, iniciou Edilson.
“Com a orientação do Governo (Federal), a partir do Ministério do Desenvolvimento (, Indústria, Comércio e Serviços), liderada pelo vice-presidente (Geraldo) Alckmin (PSB), já fizemos uma conversa com o Ministro (José) Mucio (Monteiro Filho), da Defesa, e já dera para nós a orientação para criar a APL da Defesa”, seguiu o secretário.
A ideia é aproveitar tanto a aproximação da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), em Ribeirão Pires, quanto a Inbra-Tecnologia e Defesa Industria e Comércio Ltda., para alavancar investimentos. Segundo Edilson, se a Inbra reativar sua planta em Mauá poderá gerar 400 novos empregos e um investimento de R$ 100 milhões.
Polo Petroquímico
A Prefeitura de Mauá, em conjunto com Santo André e a Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, também busca o apoio dos governos Estadual e Federal para o reconhecimento do Polo Petroquímico do ABC. A intenção não é apenas fortalecer as empresas do setor, mas também garantir uma maior segurança no entorno.
Uma das principais preocupações é com a possibilidade da construção de novas residências próximas do Polo. A ideia é evitar essas novas construções. O secretário aponta a necessidade de uma conversa com as prefeituras de Santo André e São Paulo para garantir essa segurança.