IPC Maps 2023 aponta queda de 1,55% da participação do ABC no consumo nacional

A IPC Marketing Editora lançou a nova edição do IPC Maps, estudo sobre as expectativas de consumo por todo o País. Sobre o ABC, apesar do amento da expectativa do valor proveniente do consumo, R$ 56,1 bilhões, o levantamento aponta que a participação das sete cidades nos números nacionais caiu 1,55% em comparação ao ano passado. O diretor da editora, Marcos Pazzini, em entrevista à RDtv nesta segunda-feira (26/06), revelou que, apesar do aumento da temporada econômica no Brasil, o consumidor ainda espera realizar compras que vão além do básico.

A participação da região nos números nacionais de consumo em 2022 era de 1,75%, porém, neste ano a expectativa caiu para 1,72%. Pazzini aponta as mudanças de características dos trabalhadores do ABC como um dos motivos para a queda nesse cenário.

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“Há um bom tempo que o ABC perdeu essa característica de uma mão de obra mais reconhecida e mais bem remunerada. Mas o ABC, infelizmente, não se por conta da força do sindicalismo, não se pelo esforço de outros mercados em atrair empresas desse seguimento (indústria) para os seus parques industriais, oferecendo benefícios fiscais, redução de impostos e outros benefícios. A verdade é que de muitos anos para cá o ABC vem perdendo participação”, explicou.

Pazzini ressaltou as mudanças na economia do ABC como ponto de mudança para os dados sobre consumo (Foto: Reprodução/RDtv)

A pesquisa mostra a participação das aulas no consumo regional. A “Classe Média”, composta por 41,8% dos domicílios da região, tem uma expectativa de consumir R$ 31 bilhões neste ano. Em seguida a classe “Emergente”, que corresponde a 43,8% dos domicílios, com R$ 11,9 bilhões. A “Classe Alta”, que representa 6,4% dos domicílios, aparece com R$ 11,8 bilhões. E a faixa de “Baixa Renda”, que representa 8% dos domicílios, tem estimativa de consumo em R$ 1,1 bilhão.

Entre os setores de consumo, os cinco principais serão: Manutenção do lar com R$ 14,1 bilhões; Alimentação no domicílio com R$ 5,1 bilhões; Alimentação fora do domicílio (que soma as compras feitas por aplicativos) com R$ 3,4 bilhões; Gasto com veículos próprios (também soma a compra de novos veículos, o que gerou aumento do número devido ao trabalho com aplicativos de entrega e de transporte) com R$ 3 bilhões; e Materiais de Construção (sem contar investimentos da construção civil) com R$ 2 bilhões.

Em relação aos números nacionais, o aumento em relação ao ano passado foi de 1,5%, alcançando a estimativa de consumo em R$ 6,7 trilhões. Porém, o percentual de aumento é menor do que o apresentado no ano passado (4,5%). Apesar do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) ter alcançado os 1,9% no primeiro trimestre, o consumo não ultrapassou a casa dos 0,2%, segundo o levantamento.

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