ABC - segunda-feira , 5 de maio de 2025

‘Invasão Secreta’ discute ‘temas fundamentais da humanidade’, diz Emilia Clarke

Imagine que você não pode confiar em ninguém. Nem nos seus pais, nos seus filhos, nos parceiros. Pior: nem mesmo nos super-heróis que, nos últimos anos, salvaram a Terra de inúmeras catástrofes. É esse o principal dilema de Invasão Secreta, série da Marvel que chega ao Disney+ nesta quarta-feira (21/06), com lançamentos semanais.

A história acompanha Nick Fury (Samuel L. Jackson), superespião da Marvel que, após os eventos vistos em Capitã Marvel, de 2019, percebe que a Terra foi invadida por Skrulls – aqueles alienígenas que podem assumir qualquer forma humana. E pior: nem todos são amigáveis como Talos (Ben Mendelsohn) – e um grupo deles quer destruir a humanidade para tomar o controle da Terra. Obviamente, é preciso detê-los. Mas como?

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Essa história, que advém de um dos principais arcos dos quadrinhos da Marvel Comics, não é novidade nos cinemas, nem na televisão. John Carpenter já contou algo semelhante com a aclamada ficção científica O Enigma de Outro Mundo (1982) e, antes disso, Philip Kaufman criou o caos com Invasores de Corpos (1978). Na televisão, tem a paródia de Rick e Morty (no episódio Total Rickall) e a boa sacada O Pacificador, da DC, com As Borboletas.

Como a Marvel faz para se destacar dessas outras histórias? Simples: aposta em uma trama mais política e com toques de espionagem. “O tom da série é muito diferente”, diz Ben Mendelsohn, ator de Talos, um Skrull do bem, em entrevista a reportagem. “É muito mais substancial. As circunstâncias aqui são bem sombrias. E Talos não pode se render. O mundo pesou muito sobre ele. Há momentos assim, o que é bom. Mas é um ambiente difícil.”

Isso fica evidente nos dois primeiros episódios, já conferidos pela reportagem. Logo de cara, a série fala sobre fake news, desinformação, paranoia. Há complôs políticos – com extraterrestres – sendo armados em símbolos do poder dos Estados Unidos. Nem Nick Fury, com a ajuda de Talos, está seguro. Parece que o mundo todo se virou contra eles.

CONFLITOS

“Os temas que discutimos aqui são realmente fundamentais para a humanidade. A ideia de refugiados, de encontrar um lar, é algo diretamente relacionado à quantidade de guerras e conflitos que temos. Quanto mais conflito houver, mais refugiados existirão”, questiona Emilia Clarke, conhecida como a Daenerys Targaryen de Game of Thrones e que faz sua estreia na Marvel como Giah, filha de Talos.

“Mas onde é o seu lar e quem tem o direito de escolher se é um lar ou não? E depois que eles estão lá, quais direitos eles têm em comparação com quem já estava lá antes? Esse é um tema importante”, completa a atriz.

Ben, porém, lembra que a série também não precisa ser levada tão a sério. “É sempre importante lembrar que é uma peça de entretenimento e que você pode assistir e se divertir. Mas se você quiser mais, há muito o que oferecer, e acho que isso é o melhor. Ser capaz de se envolver e apenas relaxar e dizer ah, eu adoro isso ou, então, pensar isso é sobre isso, e então poder entrar numa discussão sobre o tema e assim por diante. Então, ambas as coisas são oferecidas”, afirma o ator de Talos.

“É maravilhoso ver esses personagens amados, com os quais você se importa tanto e que já viu em tantas outras situações, lidando com essas questões fundamentais”, comenta Emília.

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