ABC - quinta-feira , 2 de maio de 2024

Temos que fazer o debate da indústria química, diz Aroaldo Silva

Os incentivos para a venda de carros populares não foi o único assunto econômico debatido em Brasília. Representantes da Câmara Federal, da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e prefeitos do ABC levaram ao Governo Federal a necessidade da discussão sobre o futuro da indústria química e petroquímica. Ao RDtv o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo Silva, destacou o tema e elencou os principais pontos.

Para Silva, a ação que envolveu os prefeitos de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), e de Santo André, Paulo Serra (PSDB), além dos deputados estaduais Ana Carolina Serra (Cidadania), Luiz Fernando Teixeira e Rômulo Fernandes (ambos do PT), e os demais integrantes das duas frentes parlamentares do setor, foi importante para fixar ainda mais o debate na União.

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O principal ponto é levar em conta que o Polo Petroquímico do ABC foi o primeiro instituído no País. “O debate é importante para demonstrar a importância do Polo e a importância da indústria química e petroquímica, porque as duas antecedem as outras indústrias, é a mãe de todas as indústrias. Se a gente alavancar os outros setores industriais, por consequência a indústria química e petroquímica é alavancada também”, explicou.

Aroaldo também informou que está próximo de um acordo para a assinatura do Temo de Cooperação entre a região e o BNDES (Foto: Reprodução)

Aroaldo destaca alguns pontos sobre o futuro do setor que precisam ser debatidos, entre eles, os impactos ambiental e na saúde, a descarbonização dessa indústria e o seu potencial de crescimento, principalmente levando em conta a necessidade de descentralização da produção existente no mundo. A ideia é que o Brasil possa ganhar protagonismo nesse ponto.

Outro objetivo da região, ainda neste tema, é o reconhecimento oficial por parte do Governo do Estado em relação ao Polo existente entre Mauá e Santo André, o que também ajudaria a alavancar ainda mais as empresas.

Reforma

Aroaldo Silva também comentou sobre o futuro debate sobre a reforma tributária, algo que deve ocorrer nas próximas semanas dentro da Câmara dos Deputados, principalmente levando em conta que os deputados federais aprovaram o arcabouço fiscal, o primeiro projeto direto da área econômica do governo Lula.

O sindicalista considera que as demais reformas já realizadas, previdenciária e trabalhista, não causaram impacto na geração de emprego e renda, e chama a reforma tributária de “mãe de toda as reformas”.

Porém, Silva chama a atenção de que essa proposta tem que resolver alguns problemas existentes como a complicada lei tributária e a guerra fiscal entre os estados, principalmente sobre a indústria. Mas também considera que há uma necessidade de pensar em como evitar uma oneração em áreas básicas como Educação e Saúde, e como não prejudicar o desenvolvimento regional por todo o País, o que na sua visão poderia ser compensado através de um fundo específico para estados e municípios.

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