
Após três idas ao pronto atendimento do hospital do GNDI (Grupo NotreDame Intermédica) da avenida Lucas Nogueira Garcez, em São Bernardo, por conta de fortes dores abdominais a paciente V.F.N., de 16 anos, finalmente obteve um diagnóstico; estava com apendicite e deveria ser operada. Isso aconteceu na segunda-feira (01/05), porém ela precisava de uma tomografia, mas o aparelho estava inoperante, a transferência para outra unidade hospitalar, também em São Bernardo levou mais de 24 horas, para desespero dos pais da jovem. A operadora de saúde negou a demora.
Segundo o pai da paciente, Jaime Ferreira Nunes Filho, o problema foi agravado por diagnósticos errados ao longo da semana, porque exames mais específicos não foram pedidos. “Primeiro disseram que ela estava com intoxicação alimentar, depois infecção urinária e somente seis dias depois tivemos o diagnóstico. Chegamos às 13 horas, e às 16 horas tivemos o diagnóstico, mas o médico pediu uma tomografia e nos disseram que o aparelho daqui estava quebrado desde dezembro e ela tinha que ser transferida para fazer o exame em outro local, como demorou muito eu disse que poderia levá-la no meu carro, mas não permitiram disseram que a responsabilidade seria minha. Tive que chamar a polícia para registrar um boletim de ocorrência porque a responsabilidade é deles (hospital)”, disse indignado.
A transferência só foi realizada por volta das 16 horas de terça-feira (02/05), ou seja, a ambulância que transferiria V. para um exame urgente demorou 24 horas. Ao chegar no hospital no bairro do Rudge Ramos (antigo Neomater), a paciente fez o exame e logo encaminhada para cirurgia, que aconteceu no início da noite. “Nos disseram que o apêndice tinha supurado e portanto os médicos tiveram que fazer todo um procedimento de limpeza”, explicou o pai. Por conta da situação a jovem ficará ainda mais alguns dias internada para se recuperar da cirurgia. O pai pensa que, se o atendimento fosse mais rápido, na medida que a situação exigia, a cirurgia teria sido mais simples e a recuperação melhor.
Em nota, o GNDI disse que a demora não foi de 24 horas e que a paciente teve o atendimento conforme a urgência que o caso exigia. “O hospital informa que a paciente permanece sob os seus melhores cuidados e recebendo todo o atendimento que necessita para o seu quadro de saúde. O tomógrafo está em manutenção desde sábado e a previsão é que retorne a ser utilizado nesta quarta-feira, dia 3. A paciente foi levada para ser submetida ao exame em outra unidade da rede no momento em que pôde ser transferida, assim que teve o quadro de apendicite confirmado. Isso aconteceu em menos de 24 horas, seguindo a classificação de risco e todos os protocolos de segurança para garantir o cuidado ideal com sua saúde”, resumiu a operadora de saúde.