A direção municipal do PSOL cravou: vai lançar uma candidatura própria para prefeito de São Bernardo em 2024. A decisão foi aprovada em reunião da militância nas últimas semanas. Em entrevista ao RDtv nesta sexta-feira (14/04) a presidente da legenda na cidade, Maria Devani Simões, a Wanda, confirmou que a escolha foi baseada no contexto político na cidade e por demandas dos setores carentes.
“A decisão pela candidatura própria é devido ao contexto político no Brasil, mas principalmente em São Bernardo onde a cidade é movida há muitos anos pelo PSDB, e pelo descontentamento que a militância do PSOL, das pessoas envolvidas nos movimentos sociais e setoriais têm.”, disse Wanda.
Entre os descontentamentos está o atual preço da tarifa do transporte público (R$ 5,75), ações contrárias a proteção de crianças em situação de rua, as questões ligadas aos servidores públicos, principalmente sobre os professores, os debates sobre a Batalha da Matrix, além de outras ações que são alvo de processos do próprio partido contra a atual administração.

Wanda também considera que existe uma influência do crescimento estadual e nacional do PSOL, principalmente levando em conta a imagem do deputado federal Guilherme Boulos, o mais votado do Estado no ano passado e cotado para ser a candidatura única da esquerda na disputa pelo comando da Prefeitura de São Paulo.
Porém, o PSOL está pensando no processo local e na possibilidade de conseguir emplacar nomes na Câmara são-bernardense, algo que ainda não aconteceu no partido. Sobre o Poder Executivo, Wanda defende que o nome seja feminino, principalmente pela falta de mulheres liderando partidos de esquerda na região, algo que foi percebido pela dirigente na criação da Frente da Esquerda durante a campanha eleitoral do ano passado.
Outro motivo é a impossibilidade de ter o nome do ex-vereador Aldo Santos por causa de uma multa considerada “impossível de pagar” em um processo judicial.