ABC - quarta-feira , 1 de maio de 2024

Idosa de Diadema fica sem andar porque plano de saúde não marca cirurgia

Avany aguarda que convênio Unihosp agente cirurgia para a recolocação da prótese no joelho. (Foto: Reprodução)

A dona Avany Araújo Ferreira, de 78 anos, é uma moradora de Diadema que tem um problema no joelho e há três anos tem muita dificuldade para andar. Com a prótese de joelho solta, ela deveria já ter passado por uma cirurgia para a recolocação mas, segundo a família, o convênio Unihosp não agenda o procedimento. Enquanto isso a idosa fica deitada a maior parte do tempo pois não conseguiu se adaptar ao andador.

A filha da dona Avany, Jilvania Araújo Ferreira Sales, diz que os procedimentos junto ao convênio médico são sempre muito complicados e demorados. “A gente demora para conseguir uma consulta, quando consegue o médico pede exames a a gente volta a tentar consulta para mostrar os exames e quando consegue já é outro médico e assim vai indo. No dia 22 de janeiro, depois de muita dificuldade marcaram a cirurgia da minha mãe, mas a situação do joelho estava tão ruim, porque a prótese estava solta fazia tempo, que ele abriu, limpou e falou para agendar a cirurgia para a recolocação em seis semanas, e já se passaram quase três meses e nada de agendarem”, conta a filha.

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Jilvania conta que apenas um hospital realiza a artoplastia total do joelho, nome da cirurgia que dona Avany precisa para voltar a andar. “Esse hospital nunca tem agenda, mas o convênio diz que só lá que faz cirurgia de joelho”, lamenta a filha. Enquanto não consegue andar Avany conta com a ajuda da família para tudo. “Para o banho é muito difícil, ela tem que ficar deitada praticamente o dia todo, enfim é tudo muito difícil”.

O RD tentou contato com a direção do convênio Unihosp de diversas formas, até através do SAC da empresa. Não houve retorno até o fechamento desta reportagem.

Atualização da matéria às 15h40 de quinta-feira (13/04).

A assessoria de imprensa da Unihosp informou que já fez o agendamento da cirurgia, que está marcada para o dia 27 de abril. A operadora de saúde também emitiu nota dizendo que não se negou a realizar o procedimento; veja a íntegra da nota: “Referente ao questionamento sobre o agendamento da cirurgia em nome da beneficiária A.A.F., para apuração e entendimento dos fatos, a operadora realizou contato com o prestador Hospital Santa Clara solicitando esclarecimentos. O prestador nos retornou informando que em Janeiro/23 foi realizado o primeiro tempo cirúrgico do procedimento de revisão de prótese total de joelho e que no ato cirúrgico foi observado intensa perda óssea e fratura na tíbia proximal, sendo optado por realizar a colocação do espaçador e aguardar a consolidação da fratura (em média 2 meses) para avaliação e programação do segundo tempo cirúrgico (colocação da prótese definitiva). Desta forma, esclarecemos que o tempo que se deu da primeira cirurgia até o momento foi por conduta e orientação médica. Assim sendo, a operadora espera ter fornecido os esclarecimentos necessários e permanece à disposição”.

 

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