
A Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC) divulgou nesta quarta-feira (08/03) o levantamento sobre os números do setor em 2022. No comparativo com 2021, houve um amento de 163% em lançamentos de imóveis e de 156% nas vendas. Santo André foi o principal destaque com um crescimento de 699% e de 638%, respectivamente.
Em relação aos lançamentos, a região subiu de 2.741 unidades em 2021 para 7.205 no ano passado. Santo André apresentou crescimento de 699%, seguida por Diadema com 137% e São Caetano com 93%. Mauá que esteve zerada há dois anos, teve 337 unidades lançadas em 2022. São Bernardo acabou apresentando queda de 47%.
Sobre o Valor Geral de Lançamentos (VGL), a alta foi de 165%, alcançando os R$ 3,062 bilhões. O território andreense volta a se destacar com uma alta de 409%, seguida por Diadema com 225% e São Caetano com 66%. Neste caso, São Bernardo apresentou alta de 6%, o que é visto pelo presidente da Acigabc, Milton Bigucci, como uma “estabilidade”. “Esses dados apontam que apesar de uma queda nos lançamentos, São Bernardo lançou imóveis com valores maiores”, explicou.
Um cenário parecido é apresentado sobre a venda de imóveis residenciais. A região subiu 156% em unidades, saindo de 2.466 para 6.314. Santo André alcançou a marca de 638% de alta, seguida por: Diadema (139%), Mauá (101%), São Caetano (100%), e São Bernardo (15%).
No Valor Geral de Vendas (VGV), a região subiu 142%, alcançando a marca de R$ 2,2 bilhões no ano passado. Santo André cresceu 329%, seguida por: Diadema (180%), Mauá (168%), São Bernardo (49%) e São Caetano (39%).
As características dos imóveis lançados e vendidos seguem a tendência dos últimos anos. Apartamentos de dois dormitórios com 45m², seguida pelos imóveis de até 65m².
Conclusão
Questionado sobre o crescimento de Santo André muito acima da média, Milton Bigucci Junior considera que a cidade conta com um sistema de desburocratização que ajuda as empreiteiras, além disso, existe uma agilidade na elaboração dos projetos.
“Santo André também é uma cidade, que por uma questão mercadológica, ela pega mais preço que as demais cidades. Fora São Caetano que paga muito preço, mas é uma cidade muito restritiva em relação a construção civil, as legislações e têm poucos terrenos. Mas Santo André, não. Santo André tem uma legislação adequada, com uma velocidade de aprovação realmente muito boa e um preço final para o construtor e o cliente mais próximos da Capital”, falou o empresário.
Em relação ao crescimento em tempos de crise econômica e juros altos no Brasil, Milton vê que como houve muitos lançamentos e havia uma demanda represada da pandemia, houve um fortalecimento das vendas. “As pessoas entenderam que o imóvel é uma moeda forte”, concluiu.